Ex-deputado é condenado a 17 anos de prisão por roubo e formação de quadrilha

Priscylla Régia/Alagoas24horas/ArquivoJosé Maria Tenório

José Maria Tenório

O ex-deputado estadual, José Maria Tenório, foi condenado a 17 anos e 07 meses de reclusão pelos crimes de formação de quadrilha e roubo qualificado.

Tenório é apontado pelos demais membros da quadrilha como líder do grupo responsável pelo assalto ao Banco do Brasil da cidade de Boca da Mata no ano de 2007.

De acordo com a decisão dos juízes da 17ª Vara Criminal da Capital, o réu deve cumprir a pena de mais de 17 anos em regime inicialmente fechado. No entanto, será descontado o tempo em que José Maria Tenório passou preso provisoriamente.

Além do ex-deputado, foram condenados pelo assalto Edjanilton Correia dos Santos, José Edilson Gonçalves da Silva, Laércio da Silva, José Mariano dos Santos, Josinaldo Firmino dos Santos e Adriano dos Santos Oliveira. Além da prisão, os réus vão ter que pagar uma indenização ao Banco do Brasil de R$120 mil.

No processo, foi constatado que os acusados agiram de forma premeditada. Durante as audiências, um dos integrantes da quadrilha, Edjanilton Correia afirmou que José Maria era o líder e gestor da organização criminosa.

No entanto, o ex-deputado negou qualquer participação do delito. Ele afirmou que foi apenas advogado de Jean Nadson da Costa, morto em 2008 dentro do Baldomero Cavalcanti.

Nos autos consta que ainda que não é possível determinar se José Maria liderava realmente a quadrilha. "Entretanto, não se pode colocar José Maria Cerqueira Tenório isento da concorrência do delito, uma vez que restou firme a sua contribuição no feito criminoso, e como bem ensina NUCCI “a pessoa que dá algum tipo de auxílio a quadrilha deve ser considerada integrante da associação, isto é, co-autor necessário”, diz o processo.

Caso

No dia 26 de outubro de 2007, um grupo armado invadiu o Banco do Brasil de Boca da Mata e levou a quantia de R$108 mil. Porém, o alvo seria R$ 1,5 milhão, caso a agência tivesse sido abastecida, conforme anunciou a Polícia Civil à época do assalto.

A PC de Alagoas chegou a prender e apresentar nove pessoas que teriam participado da ação criminosa. À época, os policiais anunciaram que cerca de 30 pessoas integrariam o bando, que agiria em todo o Nordeste. Um candidato a vereador no município de Santa Luzia do Norte foi apontado, então, como líder do bando.

No entanto, Zé Maria Tenório foi denunciado pelos integrantes do bando. O ex-deputado foi preso pela primeira vez durante uma visita ao irmão Francisco Tenório, na Casa de Custódia da PC, no bairro do Farol.

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