Pesquisa do Instituto de Inovação para o Desenvolvimento Rural Sustentável de Alagoas (EMATER/AL), lotados na regional Agreste, já começaram a trabalhar as 11 variedades de feijão doadas pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA). Em maio deste ano, a EMATER/AL firmou um termo de cooperação com a unidade da Embrapa Tabuleiros Costeiros para incentivar a produção familiar do feijão, mandioca, milho e sorgo.
No município de Traipu, a unidade experimental é comandada pelo pesquisador Francisco Méricles. No local foram implantados dois experimentos, o primeiro medindo 14m x 22m, e a segunda área de 14m x 28m. Nessas áreas estão sendo trabalhados o feijão carioca, com 11 variedades de feijão precoce, e 14 variedades de ciclo normal. O mesmo experimento foi também implantado no município de Arapiraca e está sob a coordenação do pesquisador Edson Houly.
O pesquisador da EMATER/AL revelou que esse trabalho é pioneiro no município de Traipu. “Estamos avaliando, precocidade e adaptabilidade dos materiais. Em Traipu, como este trabalho é pioneiro, estamos no primeiro ano de testes, teremos entre os meses de outubro e novembro, resultados preliminares, sendo os resultados definitivos, havendo continuidade das pesquisas em cinco, seis anos”, destacou Francisco Méricles.
Méricles explicou ainda que os tratos culturais são os tradicionais, como: aração, adubação de fundação, capina, controle de pragas e doenças com auxílio de agrotóxicos. A cultura do feijão é considerada estratégica para o desenvolvimento sustentável da agricultura familiar. “Comercialmente falando, outras regiões do estado tem maior representatividade quanto a investimentos nesse tipo de cultura, entretanto, o feijão esta inserido na alimentação diária da população, o que o coloca como prioridade nas linhas de pesquisa a serem desenvolvidas em nossa região”, avaliou o pesquisador.
A diretora de Pesquisa, Inovação e Agregação de Valor, Cristina Felix, revelou que o termo de cooperação visa instalar pólos de validação e de transferência de tecnologias, contemplando preferencialmente, cultivares de milho, feijão Phaseolus, feijão caupi, mandioca e sorgo na região Agreste de Alagoas. “Um dos objetivos é a recomendação de materiais superiores para a exploração comercial na região, além da distribuição de sementes de cultivares de feijão comum, recém lançadas no mercado, com vistas a avaliação desses materiais no âmbito das comunidades rurais”, explicou a diretora da EMATER/AL.