Alice Braga e Daniel de Oliveira estrelam filme feito para internet, TV e cinema

DivulgaçãoO diretor Felipe Braga e os atores Daniel de Oliveira e Alice Braga, de 'Latitudes'

O diretor Felipe Braga e os atores Daniel de Oliveira e Alice Braga, de ‘Latitudes’

Dividido em oito episódios, "Latitudes" será exibido no YouTube e no canal TNT antes de chegar às salas; "É algo perfeito para representar a nossa geração", diz atriz

Meio filme, meio seriado. Para ver no computador, no tablet, no celular, na televisão e, depois, no cinema. Estrelado e produzido pelos atores Alice Braga e Daniel de Oliveira, "Latitudes" quer inovar no mercado brasileiro com produção de conteúdo transmídia, contando a mesma história em formatos diferentes de acordo com a plataforma.

A iniciativa é capitaneada pelo roteirista e diretor Felipe Braga, que define "Latitudes" como "um filme em oito destinos". Paris é o primeiro, local do encontro casual entre a editora de moda Olívia e o fotógrafo José. As constantes viagens a trabalho fazem com que os dois vivam em hotéis luxuosos e não se sintam em casa em lugar algum – uma angústia que o romance deixa mais evidente.

Os encontros de Olívia e José sempre têm hora para acabar e acontecem cada vez em uma cidade do mundo, numa espécie de versão brasileira de "Antes do Amanhecer". Mas ao contrário de Jesse e Celine, os dois passam mais tempo em bares e quartos de hotel do que andando pela rua, e seus diálogos são mais sedutores do que existenciais.

"Latitudes" chega antes ao YouTube, com a estreia do primeiro dos oito capítulos marcada para esta quarta-feira (28), às 18h. Semanalmente, e sempre no mesmo horário, serão exibidos episódios de cerca de 12 minutos em formato convencional de ficção.

No canal pago TNT a série estreia em 2 de setembro e será exibida sempre às segundas-feiras, às 22h. Os oito episódios são mais longos, com cerca de 20 minutos, e misturam ficção e realidade, mostrando também a preparação do elenco e cenas de making of.

Só depois "Latitudes" chegará ao cinema, com cerca de 100 minutos e alguns ajustes de edição e trilha sonora. A data de estreia e o formato exato do longa-metragem são um mistério até para o próprio diretor. "Acredito muito nessa divisão por blocos, mas não o que vai acontecer", afirmou Braga, que antes quer acompanhar o desempenho do filme na televisão e na internet.

Segundo Braga, "Latitudes" teve início a partir de reflexões sobre como aplicar as tendências da era digital à ficção. "É uma sugestão de resposta: pegar essa nova cultura de produção de conteúdo para contar uma história que, em primeiro lugar, precisa ser bom cinema."

Para custear a produção, que incluiu filmagens no exterior e a captação de material para três plataformas diferentes, ele buscou patrocínio de empresas, além do apoio do YouTube e da TNT.

"Todo mundo da minha geração que faz cinema deve a carreira ao modelo de incentivo fiscal. Sou muito grato a ele, mas acho que não pode ser a única forma de produzir, a única solução", afirmou. "Acho que as categorias ‘público’ e ‘consumidor’ vão se unir numa coisa só. As marcas vão acabar sendo curadoras de conteúdos."

Para Alice Braga, que estreia como produtora, "Latitudes" representava uma chance de atingir um público maior do que o habituado a comprar ingressos para ver filmes na telona.

"Não deixa de ser cinema porque está fora da sala de cinema. Mas hoje em dia você pode ver tudo online. Você pode ver ‘Latitudes’ como e onde quiser e isso é maravilhoso", disse. "Achei a ideia do Felipe diferente de tudo o que eu estava fazendo e de tudo o que estava sendo feito. Me pareceu algo perfeito para representar a nossa geração."

Tendo passado por oito países diferentes apenas em 2013, a atriz disse ter se identificado com a personagem que viaja o tempo todo. "Ela é alguém que ama o que faz e faz com paixão, uma mulher forte, mas um pouco dura porque amadureceu vivendo sozinha", disse. "Me acho mais doce do que Olívia, mas sinto um pouco isso também."

Fonte: IG

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