No Dia do Amante, especialista esclarece mitos sobre a traição

Mitos permeiam relacionamentos a dois e sugerem as questões "Por que traímos e porque somos traídos?"

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Quem ama verdadeiramente não trai. As mulheres só traem quando estão apaixonadas. É impossível voltar à relação de outrora após a passagem de um amante. Grandes mitos que permeiam os relacionamentos a dois e trazem à tona as seguintes questões: "Por que traímos e por que somos traídos?". Neste Dia do Amante (22), a reportagem do NE10 conversou com uma especialista na área e revela que essas perguntas podem ter várias – ou nenhuma – respostas.

Para a psicóloga clínica e psicoterapeuta sexual Vitória Menezes, a primeira questão a ser analisada é o fato de que casamentos que atravessam fases difíceis são armadilhas fáceis para a traição. "Um grande mito é imaginar que quem procura uma outra pessoa é porque está mal no casamento. O amante aparece de uma forma inexplicável", afirma.

O segundo ponto a ser desmistificado: Mulher só trai quando está apaixonada. "Isto é uma mentira. Mulher trai por tesão e atração física também. Esse é um dos grandes mitos que regem o comportamento sexual", ressalta Vitória Menezes. Para a especialista, esse fundamento é uma invenção masculina que mascara os verdadeiros motivos que levam uma mulher a ser uma amante ou a trair seu companheiro. "Os homens precisam acreditar que houve mais do que a atração física, já que paixão a gente não mensura. Mas funciona igual: na hora do tesão é ele quem manda".

Aquele velho clichê de que os amantes, na verdade, querem tomar o lugar dos oficiais também pode ser facilmente rebatido. "Há pessoas que gostam de ficar nos bastidores. Gostam de ter uma vida livre e não querem ter este tipo de vínculo (casamento). Não necessariamente toda amante quer ser a primeira dama".

"Não podemos imaginar que a vitória do amor é necessariamente esta fórmula de propaganda de margarina. Existem várias formas de amar"

Porém, quando o amante percebe que esse amor proibido está ultrapassando os limites da clandestinidade, o sinal de alerta deve ser acionado. "Este mundo de amantes só é estável se for funcionar com pessoas impedidas. Uma relação só é boa quando os dois estão satisfeitos. Se um não quer oferecer esse status, essa relação está fadada ao fracasso. O amante tem que agir com maturidade e precisa imediatamente procurar sair da relação. Às vezes, com apoio psicológico, dos amigos e da família", reforça a psicóloga.

Para os casais separados pela passagem de uma terceira figura, há sempre uma segunda chance. "O outro lado sempre se questiona onde errou. Quem somos nós para estarmos decifrando esses códigos? Um amante, na verdade, pode reforçar e animar a relação que se tem. Quando o outro perdoa, o casal volta fortalecido. Mas precisa imensamente de um crescimento pessoal e maturidade de ambos".

Fonte: NE10

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