O clima permanece tenso no Núcleo Estadual de Assistência Socioeducativa (Neas), que abriga a Unidade de Internação Masculina (UIM). Desde a sexta-feira, 18, menores que cumprem medida socieducativa promovem um motim nas dependências da unidade, provocando destruição e ameaças.
Embora a Secretaria da Paz, que é responsável pela administração da unidade, não se manifeste oficialmente, familiares dos infratores fazem denúncia de maus-tratos, tráfico de drogas e de celulares dentro das unidades. De acordo com mães de menores apreendidos, eles estariam sendo agredidos por monitores dentro das instalações e exigem a presença do juiz da Vara da Infância e da Juventude para avaliar a situação.
Monitores e militares se concentram em frente ao Neas, enquanto os menores aparecem nos telhados e ameaçam invadir a ala com os menores que cometeram crimes hediondos e não possuem convivência.
Na sexta, dia 18, seis menores conseguiram fugir da unidade.
Após autorização da Justiça, militares do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) ocuparam a sede do Neas e, utilizando armas de baixa letalidade, contiveram o motim. Dois menores – apontados como líderes – serão transferidos para outra unidade.
