Tim Maia falou pra Anadia

Viver a vida tem um sentido implícito e indecifrável na existência de cada um de nós fica guardado em lugares especiais, o sentir, o querer e o agir.

Já está patenteado que não gosto de falar e escrever sobre coisas ruins, notícias tristes e de certa forma nada que venha atingir a terra pela qual sou apaixonado.

E por essa forma de pensar, pode alguém imaginar ou fazer uma conjectura de que sou um alienado, que não estou nem aí para os últimos acontecimentos, ou pior ainda, que vivo num apogeu.

Reflito muito antes de colocar no papel ou dizer algo, porque acredito que depois de escrito e dito, fica muito difícil remendar, consertar ou desdizer…

Aceito até a desculpa como uma forma de reparo, mas não a utilização indiscriminada, sua repetição, reedição de erros nos rementem a burrice. Penso assim!

E uma pergunta me chega ao cérebro, faz cócega na garganta e sai pela boca. O que levou Anadia a atingir o grau de decadência em que se encontra? Calma! Não me responda agora e ajude junto quem ama essa terra, a pensar e responder.

A participação e consulta deve ser ampla sociólogos, psicólogos, advogados, engenheiros, médicos, nutricionistas, fisioterapeutas, administradores, professores, mestres, doutores, dona de casas, estudantes, profissionais liberais, músicos, poetas, escritores e o povo.

A angústia, a tristeza que tenho ao escrever este texto é fruto da indignação com a atual situação e posição no ranque os índices e indicadores sociais da nossa terra.

Para a constatação dos perversos números não são necessárias muitas horas de estudos, leituras de mapas ou escritos. Basta abrir a porta de casa e sair à rua. Doloroso perceber a decrépita e cruel realidade dos fatos.

Tenho insistido para que outros filhos deste chão escrevam, coloquem suas idéias e pensamentos na mesa, na internet, redes sócias, para darmos início a um amplo debate com a sociedade civil organizada, acredito que ainda é possível soerguer, reeditar a Anadia da qual brotamos.

No último final de semana passei horas meditando, mergulhado com a falta de energia, interrupção no abastecimento de água, sem comunicação telefônica, sem acesso as redes sociais, os contínuos assaltos e furtos… E uma notada ausência das autoridades constituídas!

Vejamos como foi que o Tim Maia nos falou: “Uh! Uh! Uh! Que beleza! Uh! Uh! Uh! Que beleza! Que beleza é sentir a natureza ter certeza pra onde vai e de onde vem! Que beleza é vir da pureza e sem medo distinguir o mal e bem”.

Foi assim que eu e muitos dos meus conterrâneos vivenciamos uma época de muitas alegrias e coisas boas que Anadia nos fornecia a granel, formatando uma geração de jovens homens e mulheres que muito contribuem para manutenção da autoestima, do orgulho de dizer sou anadiense.

Se por venturas dúvidas tiver no que relatei acima, apenas faça uma pergunta à pessoa bem sucedida que esteja em sua frente, nas mais diversas profissões. Você nasceu onde? Com certeza ela dirá em Anadia.

E com convicção digo: Quando estes forem os condutores dos nossos destinos, certamente estaremos abrindo uma larga avenida para realização de sonhos, concretização de conquistas e o vislumbre da saída para a caótica posição.

Haveremos de deixar de sermos até certo ponto irracionais e passarmos a fazer o que Tim Maia pra Anadia falou!
“Que beleza é saber seu nome, sua origem, seu passado e seu futuro. Que beleza é conhecer o desencanto e ver tudo bem mais claro no escuro, Uh! Uh! Uh! Que beleza”.
Imunização racional! Que Beleza!

(*) Ex-secretário de Estado e filho de Anadia

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