Estudantes realizam caminhada e pedem paz
Denailde Batista é aluna do 2º ano do Ensino Médio da Escola Estadual Gilvana Ataíde e desde o ano passado só vai à escola em grupo ou acompanhada dos pais. Para ela e os colegas, ir para a escola tem sido um sacrifício, já que se tornaram alvos constantes de assaltantes. Ela conta que somente em 2012 foi assaltada três vezes. Nas duas primeiras, por duplas supostamente armadas em motocicletas. Na última, e mais traumática, um homem de bicicleta apontou o revólver para ela e uma amiga e as obrigou a entregar os pertences.
A história de Denailde se mistura a de 306 colegas que foram vítimas de assalto na mesma escola, em 2013. Os números são da direção da escola que não contabilizou casos de tentativa de estupro e tentativa de homicídios que ocorreram no local. A diretora da unidade escolar, Sandra Lima, explica que a escola fica numa área próxima a uma grota e os alunos são assaltados na entrada e saída da escola, assim como no percurso.
Foram esses números que motivaram a realização da II Caminhada pela Paz, uma parceria entre a comunidade escolar e a liderança comunitária do bairro. Alunos, pais e professores caminharam pelas principais ruas da Santa Lúcia com cartazes e faixas pedindo mais segurança e promoção da paz. Ainda segundo a diretora, dentro da escola também há casos de violência que têm chamado a atenção dos educadores. Agressões, drogas e preconceito são alguns dos problemas que a escola quer resolver.
O líder comunitário do bairro, Carlos Arimateia, lembra que há três escolas públicas no local com sérios problemas de falta de segurança, por falta de efetivo e pelo aumento da criminalidade na periferia. Ele destaca que é somente tentando espalhar a cultura de paz que irão conseguir combater a violência.
Uma equipe da SMTT proibiu a ocupação da Avenida Belmiro Amorim, principal via de acesso ao bairro, para evitar congestionamento.
Crédito: Izabelle Targino/Alagoas24Horas
Crédito: Izabelle Targino/Alagoas24Horas
