O governador Teotonio Vilela Filho empossou nesta sexta-feira (20) os novos membros do Conselho Estadual de Comunicação (Consecom). Durante a solenidade, ele declarou respeito à imprensa alagoana e defendeu vigilância no trato da informação. “O jornalismo é o oxigênio da democracia, e a informação deve ser transmitida sem manipulação eleitoreira ou tendenciosa. As distorções e excessos devem ser coibidos”, enfatizou.
O Conselho é formado por integrantes de 16 entidades representativas, sendo um titular e um suplente de cada instituição, e tem caráter consultivo para receber as demandas da sociedade e alinhá-las à política de comunicação do Estado.
A presidenta do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Alagoas (Sindjornal), Valdice Gomes, comemorou a reativação do Conselho. “Esse retorno foi bastante ansiado e vai representar a sociedade, que exige essa participação”.
“A luta dessa nova gestão é para que transformemos o conselho de consultivo para deliberativo, como prevê a Constituição Estadual”, completou o presidente do Conselho, Marcos Guimarães.
Criado em 2001, o Conselho alagoano foi o primeiro a ser instalado no Brasil, resultado do trabalho de base dos movimentos sociais, principalmente pela iniciativa do Fórum Nacional de Democratização da Comunicação (FNDC). Vários outros conselhos foram instituídos pelo País movidos pela iniciativa alagoana.
Memórias do Jornalismo Alagoano
Durante o evento, foi lançado o vídeo-documentário Memórias do Jornalismo Alagoano, desenvolvido pelos jornalistas Mário Lima e Bartolomeu Dresh, que traz as entrevistas de doze profissionais da comunicação que ajudaram a construir e fortalecer o jornalismo em Alagoas. Aydete Viana, Antonio Sapucaia, Audálio Dantas, Adelmo dos Santos, Adailson Calheiros, Aldo Ivo, Alves Damasceno, Carivaldo Brandão, Lauthenay Perdigão, Regis Cavalcante, Ricardo Neto e Valmir Calheiros são os personagens que contam essa história.
Tais figuras protagonizam narrativas curiosas, que servem para informar às gerações futuras sobre a comunicação em Alagoas, como por exemplo, Carivaldo Brandão, que foi o fundador do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Alagoas, e detém o primeiro registro profissional de jornalista no Estado. Aldo Ivo, responsável pela criação do curso de Comunicação da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), o secretário de Estado da Pesca e Aquicultura, Regis Cavalcante, que batalhou para trazer a televisão para Alagoas, e o desembargador Antônio Sapucaia, que atuou na profissão de 1964 até 1971. “Depois do meu filho, o jornalismo foi o que fiz com mais amor”, disse, saudoso.
O vídeo-documentário será distribuído nas escolas públicas estaduais, no Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas (Ihgal) e no Museu da Imagem e do Som (Misa).
Participaram da solenidade o secretário de Estado da Comunicação, Keylle Lima, o secretário adjunto da Comunicação, Guilherme Lamenha, o diretor-presidente do Instituto Zumbi dos Palmares (IZP), Marcelo Sandes, jornalistas e convidados.
