Silvânio Barbosa pede vistas de parecer favorável a vetos de Rui Palmeira

Alagoas 24 HorasEduardo Canuto (à esq) defende manutenção do veto, mas Silvânio Barbosa (à dir) pedirá vistas

Eduardo Canuto (à esq) defende manutenção do veto, mas Silvânio Barbosa (à dir) pedirá vistas

O vereador Silvânio Barbosa pediu vistas do parecer da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara Municipal de Maceió, favorável aos vetos do prefeito Rui Palmeira (PSDB) ao Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias para o ano de 2015.

De acordo com o vereador, os vetos diminuem o poder da Câmara de Maceió, que tem o papel de legislar e fiscalizar os atos do prefeito. “Pedi vistas porque os vetos são inconstitucionais. Agindo assim, o Poder Executivo está tirando das mãos do Legislativo o que lhe é garantido pela lei máxima desse país” justificou.

O veto do Prefeito, publicado no Diário Oficial do Município na última segunda-feira (19), gerou um atrito na Casa de Mário Guimarães, entre o prefeito e seu principal adversário político na Casa, o vereador Silvânio Barbosa (PSB).

Para manter a decisão de Rui Palmeira, a CCJ diz que as emendas supressivas dos artigos 36 e 37 da LDO, de autoria do vereador Silvânio Barbosa (PSB), iriam contribuir para o engessamento da administração pública.

De acordo com o vereador Eduardo Canuto (PV), que pertence a bancada governista, o entendimento é de clara manutenção dos vetos. “Nós entendemos a importância dos vetos e é essa a orientação da bancada”, diz o parlamentar que ressalta ainda que as emendas estariam interferindo nas atribuições do poder Executivo.

Ainda segundo Eduardo Canuto, a sessão não impede o decorrer da Lei Orçamentária Anual (LOA) com novos atrasos. “O processo da LOA acontece normalmente, até porque ela precisa de uma audiência pública e de prazos para as emendas dos vereadores. A depender dessa tramitação processual talvez dure uns 15 dias de fevereiro”, avalia.

Entretanto, antes mesmo do início da sessão, o vereador Silvânio Barbosa, já havia dito que pediria vistas do parecer e justificou. "Eu busquei as razões pela qual o prefeito vetou minhas emendas, razões jurídicas, e não as encontrei. Ele diz que minhas emendas são inconstitucionais, ao mesmo tempo em que ele não pode simplesmente vetá-las individualmente e sim o relatório total. Assim vou pedir vistas na sessão para poder analisar melhor essa decisão”, disse o parlamentar.

O vereador Silvânio Barbosa (PSB) terá cinco dias para analisar o parecer da CCJ.

Duodécimo e novo impasse

Outra situação de polêmica na Casa de Mário Guimarães envolve o repasse do duodécimo. A Prefeitura de Maceió fixou o valor em R$ 50,2 milhões, mas uma parte dos 21 vereadores defende um reajuste de R$55 milhões. O grupo alega que não há como pagar os servidores com o valor determinado pela prefeitura sem ferir a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

“A câmara não sobrevive com esse valor de R$ 50 milhões, não há condições. Conheço a forma de trabalho do presidente Kelmann Vieira [PMDB] e acredito que vai ser decidido o reajuste para que não ocorra nenhum crime de improbidade administrativa”, ressaltou Silvânio Barbosa.

A sessão de hoje ocorreu com a presença dos vereadores: Fátima Santiago (PP), Sivânio Barbosa (PSB), Silvania Barbosa (PPS), Eduardo Canuto (PV) e Galba Neto (PMDB).

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