O custo de vida da capital alagoana apresentou uma variação de 0,48% no mês de dezembro, enquanto a cesta básica comprometeu 39,38% do salário mínimo do trabalhador maceioense. Os dados foram apresentados pela pesquisa do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), desenvolvida pela Secretaria de Estado do Planejamento e do Desenvolvimento Econômico (Seplande) e divulgada nesta quarta (11).
As maiores altas registradas no IPC ficaram por conta do grupo fumo e bebidas (2,32%), educação (2,03%), alimentação (0,49%), habitação (0,40%) e despesas pessoais (0,11%). Já o grupo artigos diversos (-0,02%) apresentou deflação.
Segundo o gerente do IPC, Gilvan Sinésio, a inflação significativa apresentada pelo grupo fumo e bebidas se deve ao aumento da procura por causa das festas de fim de ano. “É também a lei da oferta e da procura que repercute na alta registrada no grupo educação. Dezembro é mês de matrículas escolares e uniformes, que apresentarão preços altos até março”, explicou Sinésio.
Carnes (0,72%), vísceras (0,63%), frutas (0,40%), cereais (0,87%), tubérculos (1,78%) e alimentação fora do domicílio (0,67%) foram os principais subgrupos que influenciaram na variação do grupo alimentação. Já em habitação, o aumento do aluguel residencial (1,07%), artigos de limpeza (0,28%), artigos de cama, mesa e banho (0,29%) e principais bens duráveis (0,21%) foram os responsáveis pela inflação do grupo.
“As despesas pessoais sempre tendem a aumentar com as festas de fim de ano. Os serviços de cabeleireiro, massagens, manicure, entre outros, são muito requisitados nesse período, o que contribui para a inflação do grupo”, lembrou o gerente do IPC.
Devido às diversas promoções das grandes redes varejistas para ofertas natalinas, itens como panela de pressão e conjunto de panelas sofreram quedas nos preços e contribuíram para a deflação registrada no grupo artigos diversos. Já o grupo transportes não apresentou variação.
Cesta Básica – O valor da Cesta Básica de dezembro apresentou variação de 4, 84% em relação a novembro. O trabalhador maceioense teve 39,38% de seu salário mínimo gastos com alimentação básica.
Os produtos da cesta que apresentaram maiores altas foram carne (0,72%), café (0,72%), banana (0,37%) e feijão (0,31%). “A alta significativa da carne se deve à ampliação do poder aquisitivo da classe C e a imensa procura nas festas de fim de ano”, afirmou Gilvan Sinésio. Segundo ele, o motivo das inflações dos demais produtos citados, além da procura, é o período de entressafra desses alimentos.
A farinha de mandioca (-0,46%) e o óleo de soja (-0,33%) apresentaram deflação. A manteiga, o açúcar o tomate e o leite não sofreram variação de preços em relação a dezembro.
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