O Milan complicou para o Barcelona e chegou a estar classificado para as semifinais da Champions League por nove minutos. Mas um polêmico pênalti no final do primeiro tempo recolocou o Barça na frente e, com mais um no segundo tempo, o atual campeão do mundo fez 3 a 1 no rival italiano para chegar entre os quatro melhores clubes europeus pelo quinto ano consecutivo.
Com os dois gols marcados, Messi chegou a 51 na história da Champions League e igualou Altafini (1962-63) e Nistelrooy (2002-03) como maior artilheiro de uma só edição da competição com 14. Iniesta, que nunca perdeu um jogo oficial quando balança as redes, fez o terceiro.
Agora, o Barça espera o vencedor do duelo entre Chelsea e Benfica nesta quarta-feira para conhecer o rival das semifinais. No jogo de ida, melhor para os ingleses, que fizeram 1 a 0 em Lisboa.
Em 2009, o Barcelona chegou à final passando exatamente pelo Chelsea depois de empatar em zero a zero em casa e achar um gol salvador com Iniesta nos instantes finais da partida em Londres, garantindo a vaga com um 1 a 1.
O Jogo
O Barcelona começou pressionando, disposto a marcar o mais rápido possível. E logo no início Messi perdeu um gol que não costuma falhar. O camisa 10 recebeu lindo passe de Fábregas, mas, de perna direita, tirou de Abbiati e errou o alvo.
Instantes depois, porém, a defesa do Milan deu nova chance ao melhor do mundo. Messi arrancou sozinho e, ao invés de chutar, preferiu servir Xavi na área. O meio-campista foi travado, mas a sobra caiu nos pés de Messi, que acabou derrubado por Antonini. Na cobrança, o goleiro da equipe italiana caiu bem, mas a bola foi rente à trave e Barcelona abriu o placar já aos 11 minutos.
A partir daí, o Barcelona continuou soberano em campo, com algumas investidas em que ficou próximo de ampliar. E foi aos 32 minutos que o Milan, até então tímido no ataque, chegou ao empate. Ibrahimovic dominou na entrada da área, esperou o momento da saída da zaga do Barça e lançou rasteiro, na medida para Nocerino bater cruzado e vencer Valdés.
E quando o primeiro tempo parecia terminar empatado, os donos da casa chegaram ao segundo gol aos 41 minutos. Novamente de pênalti, mas desta vez num lance muito mais difícil para o árbitro holandês. Em cobrança de escanteio, Nesta puxou Busquets e impediu o deslocamento do espanhol na área. Na marca da cal, Messi fez o 2 a 1.
Na volta para o segundo tempo a partida parecia ser mais equilibrada. Parecia. Passadas algumas tentativas sem muito perigo do Milan, Messi tentou de fora, a bola desviou em Mexés e sobrou limpa para Iniesta, que deslocou o goleiro para fazer o terceiro aos oito minutos.
Aos 15, boa chance do Milan diminuir, mas quando Robinho travou chute de Piqué, o árbitro anotou mão na bola do atacante brasileiro que já havia perdido o gol na sequência do lance. Aos 22, ótima chance para Thiago Alcântara, que substituiu Xavi e pouco depois recebeu de Messi, mas errou o alvo cara a cara com Abbiati.
Depois, o Milan ainda tentou ir para cima com Pato, mas o brasileiro, que voltava de lesão, durou apenas 15 minutos em campo e foi substituído por Maxi López depois de sentir mais uma vez. E mesmo precisando do empate, os italianos não conseguiram pressionar diante da tradicional posse de bola espanhola. No fim, já aos 42, o brasileiro Adriano perdeu chance incrível de fazer o quarto depois de invadir a área sozinho e ter tempo de escolher o canto do gol adversário.
FICHA TÉCNICA
BARCELONA X MILAN
Local: Estádio Camp Nou, em Barcelona, Espanha
Data: 3 de abril de 2012, terça-feira
Horário: 15h45 (de Brasília)
Árbitro: Bjorn Kuipers (HOL)
Assistentes: Sander van Roekel e Erwin Zeinstra (HOL)
Cartões amarelos: Mascherano e Cuenca (BAR), Antonini, Nesta, Mexés e Seedorf (MIL)
GOLS: Messi, aos 11 e 41 do primeiro, Nocerino, aos 32 do primeiro, e Iniesta, aos oito do segundo tempo.
MILAN: Abbiati; Abate, Mexés, Nesta e Antonini; Ambrosini, Nocerino, Boateng (Pato) (Maxi López) e Seedorf (Aquilani); Robinho e Ibrahimovic.
Técnico: Massimiliano Allegri
BARCELONA: Valdés; Daniel Alves, Piqué (Adriano), Mascherano e Puyol; Busquets, Xavi (Thiago Alcântara), Iniesta e Fábregas (Keita); Cuenca e Messi.
Técnico: Pep Guardiola