Para o delegado que investiga o atentado contra o diretor da Casa de Detenção de Maceió, o Cadeião, ainda é cedo para se ter uma linha forte de investigação que levem aos autores intelectuais e materiais do crime registrado na manhã da segunda, 30, no Conjunto João Sampaio I. A vítima, Gilson Mendonça da Silva, 31 anos, prestou depoimento ontem ainda no hospital e alegou não reconhecer os algozes.
Robervaldo Davino confirmou que esteve na tarde de ontem com o diretor do Cadeião – que continua internado em um hospital particular no bairro do Farol – e que Gilson informou apenas ter visto os algozes após os disparos. “Ele disse que viu os dois homens após os disparos, mas que não teria condições de reconhecê-los”, destacou o delegado.
Gilson estava num carro oficial da Superintendência Geral de Administração Penitenciária (Sgap) quando foi atingido com tiros na face e no braço. Os disparos foram efetuados por dois homens que estavam em uma moto de cor amarela que interceptaram o veículo no momento em que passava por uma lombada na Avenida Diogo Anderson.
Davino disse ainda que nenhuma linha de investigação foi descartada e que é cedo para dizer qual a real motivação do atentado. “Ontem ouvimos o diretor do presídio, a esposa dele, o motorista que estava com ele no momento do crime e mais uma pessoa que trabalha no sistema prisional. Não há nomes de suspeitos, mas todos os depoimentos são importantes para chegar a uma linha de investigação. Por enquanto, nada está descartado”, completou.
Outros servidores do sistema prisional estão previstos para serem ouvidos ainda esta semana.
Gilson é diretor da Casa de Detenção de Maceió há aproximadamente 18 meses e, segundo o superintendente da Sgap e juiz da Vara de Execuções, teria uma conduta exemplar à frente da unidade prisional. A polícia não descarta a possibilidade do atentado ter partido de dentro do presídio.