Há quase dois anos com a guarda do pequeno Bruno, fruto do relacionamento de sua filha Eliza Samudio com o goleiro Bruno Fernandes, Sônia Fátima de Moura deixou de ser avó e “tornou-se mãe mais uma vez”. O menino era praticamente recém-nascido quando ela ganhou a guarda na Justiça para cuidar da criança. Eliza é considerada desaparecida e, segundo a polícia, teria sido morta a mando do próprio pai de seu neto.
— Geralmente, a gente programa para ter um filho e, dessa vez, não foi assim. Mas o Bruninho para mim é a continuidade dela. Muita coisa que ele faz, como gestos, coisas que ele gosta de comer, cores que ele gosta, até o time de futebol, são iguais os da mãe. Ter tudo isso é o que me conforta.
Sônia conta que, em datas como o Dia das Mães, a saudade fica ainda mais forte. Segundo ela, apesar de, na época da morte da modelo, as duas não estarem mais tão próximas, elas foram muito ligadas e viveram juntas até os oito anos de Eliza.
— Lembro dos presentinhos que eu recebia dela nessa época. As lembranças dela convivem comigo todos os dias. Tudo me faz lembrar. As fotos, a roupa dela, o cheiro, olhar para o Bruninho. Outro dia, eu estava sentada no sofá e ele sentou no meio das minhas pernas. Ele fez exatamente o que a Eliza fazia. Ela sentava desse jeito e eu passava a mão no cabelão dela.
Apesar da pouca idade, segundo a avó, Bruninho sabe que Eliza “está com papai do céu”. Sônia diz que já explicou para o neto que a mãe não está mais viva.
— Ele sabe que a mãe dele não está mais entre nós. Já sobre o pai dele, ele não sabe. Nem eu mesma sei como e quando vou contar a verdade. Não sei como vou trabalhar com isso. Hoje em dia, eu faço acompanhamento psicológico e ele também esta começando a ter essa assistência. É meu marido que ele chama de pai. Eles têm um carinho muito grande um pelo outro. O Bruninho chega a ligar para o meu marido quando ele demora a chegar [risos].
Ao planejar o futuro do neto, a mãe de Eliza revela que pretende estimular o lado esportivo dele, mas com a natação. Segundo ela, fazer esportes é algo primordial para o desenvolvimento da criança.
— Ele gosta muito de futebol e adora o São Paulo. Ele tem bola do São Paulo, cortador de unha, toalha, tudo desse time [risos]. Quando ele vê o avô assistindo um jogo, ele senta para ver também. Vou colocá-lo na natação, mas se ele quiser fazer futebol tem que ser algo natural dele. Se eu ver que não tem outro jeito dele seguir isso, quero estar junto, cuidar, olhar. Quero preservar ele de ser comparado ao pai.