O juiz Maurício Brêda, que preside o julgamento do jovem Rafael Lins Bulhões, 20 anos, ameaçou prender Fábio Nascimento da Silva, 18 anos, ‘alvo’ do atentado que resultou na morte do porteiro Janilson Ângelo Pinto.
Durante o depoimento, a testemunha confessou ter cumprido medida socioeducativa após roupar a pistola de uma sargento da Polícia Militar e confirmou que ele (Fábio) tinha uma rixa antiga com Rafael, por eles pertencerem a torcidas organizadas rivais.
Fábio, que é conhecido como Neguinho, foi acusado por familiares de Rafael Bulhões de ameaça e se comportou de forma debochada ao responder as perguntas que lhe eram feitas durante o interrogatório. Irritado com a postura da testemunha, o juiz Maurício Brêda ameaçou prendê-lo.
Em seu depoimento, ele afirmou ter ido à Escola Rosalvo Lôbo para buscar seu histórico escolar, mas foi impedido pelo porteiro, que alegou que o mesmo só poderia fazê-lo na companhia da mãe. Nesse momento, Rafael teria iniciado a perseguição com disparos de arma de fogo que atingiram Janilson e uma aluna da escola.
A versão de Fábio foi negada pela mãe de Rafael Bulhões, Fausta Andréa. Segundo ela, Fábio ameaça constantemente seu filho, que não tinha passagem pela polícia e iria prestar vestibular no final do ano letivo. A dona de casa afirmou, ainda, que Neguinho costuma ameaçar a família do jovem e debochar deles.
Durante o depoimento de Fábio Nascimento, Rafael ficou a poucos metros do desafeto. Munido com um terço e por vezes vertendo lágrimas, o jovem disse estar arrependido do crime. A menor ferida durante o atentado também prestou depoimento na manhã de hoje.