Uma barata aos pedaços foi encontrada por um morador de Araraquara (SP) dentro de um vidro de palmito lacrado. O caso foi revelado nesta terça-feira (19) pelo consumidor, o microempresário Lourenço Legal Toqueiro, que alega ter comprado o produto no início deste mês em um hipermercado de São Carlos (SP), no bairro Santa Felícia. A empresa fabricante afirmou que vai avaliar o produto.
O pote de palmito com 300 gramas, que ainda está dentro do prazo de validade, foi fabricado por uma indústria localizada no Estado do Pará. Segundo Toqueiro, a presença do inseto dentro do vidro só foi percebida por ele ao chegar em casa. “Assustei quando cheguei e vi esses pedacinhos de barata boiando. O vidro de palmito era para dar para minha irmã, mas nem chegou às mãos dela”, diz.
Indignado com a situação, Toqueiro procurou a Vigilância Sanitária de Araraquara para comunicar o fato. “Entrei em contato com a Vigilância, mas eles pediram para ligar em São Carlos, porque o produto saiu de uma rede de supermercados de lá. Uma funcionária me disse que o assunto iria ser passado para os responsáveis para que fosse feita a análise das condições de armazenamento do mercado, mas até agora não obtive retorno”, afirma.
Toqueiro disse que procurou o órgão em São Carlos por telefone, mas não recebeu retorno sobre o caso. Procurado, o chefe de divisão da Vigilância Sanitária de São Carlos, Eduardo Santini, informou que, nesses casos, o consumidor deve levar o produto ao órgão para que o lote seja analisado e para que seja feita uma inspeção no estabelecimento comercial que vendeu a mercadoria.
Ainda segundo Toqueiro, há quatro dias, um e-mail foi enviado à empresa responsável pela fabricação do produto. “Mandei um e-mail comunicando o ocorrido, mas até agora só encaminharam uma resposta dizendo que o problema foi levado até os responsáveis”. O microempresário disse que pretende entrar com uma ação contra a empresa, diz Toqueiro, que tem em mãos o recibo da compra.
Questionado sobre o problema, o proprietário da empresa no Pará, Fernando Bruno Carvalho Barbosa, disse que, caso seja confirmado que não houve violação do vidro e constatado o problema, o consumidor será indenizado.
Auxílio
De acordo com o responsável pelo Centro de Orientação e Defesa do Consumidor e Mutuário de Araraquara (Codecon), João Paulo Prada do Nascimento, o consumidor ao se deparar com alimentos com suspeita de fabricação deve, inicialmente, procurar a Vigilância Sanitária para que um processo interno seja aberto. O Codecon pode ainda procurar a empresa responsável e pedir que o lote do produto contaminado seja examinado. Nascimento afirma ainda que o consumidor pode procurar a justiça e buscar o ressarcimento moral e material do prejuízo sofrido.