Protesto lembra 4 anos do sumiço de engenheira

Parentes da engenheira Patrícia Amieiro Franco fizeram um protesto na manhã deste sábado (30), na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, para lembrar os quatro anos do desaparecimento da jovem, como mostrou o RJTV.

Quatro policiais militares são acusados de matar a engenheira e esconder o corpo.

Durante a manifestação, a família instalou um banner de cinco metros de altura, com foto de Patrícia e a frase “Cadê a justiça?”, na entrada da Barra da Tijuca, na Zona Oeste, próximo do Canal de Marapendi, onde o carro da engenheira foi encontrado. Os manifestantes também levaram faixas e cartazes.

No local da manifestação está plantada uma palmeira, chamada pelos familiares da engenheira de "palmeira da justiça". A árvore foi plantada no ano passado, num outro protesto.

"Quanto mais a palmeira cresce, […] a população acompanha a lentidão da Justiça", disse o irmão de Patrícia, Adryano Amieiro.

A família da engenheira espera que na próxima audiência sobre o caso – a nona – na 1ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio, além da audiência das últimas duas testemunhas, a juíza Ludmilla Vanessa Lins da Silva determine que o processo vá a júri popular. Caso contrário, o pai da engenheira, Celso Franco, pretende fazer um enterro simbólico da filha nos jardins do Palácio Guanabara, sede do governo do estado, em Laranjeiras, na Zona Sul do Rio de Janeiro.

“Há mais de quatro anos esperamos por justiça e que a polícia encontre a ossada para que possamos fazer um enterro digno da nossa filha. Não é mais possível que o caso seja protelado. O governo do estado nos prometeu empenho na apuração e uma solução, mas até hoje não tivemos resposta alguma. Se nada acontecer, não vamos mais acreditar na justiça. Vamos fazer o enterro simbólico da Patrícia na sede do governo para que o governador se lembre do que não cumpriu”, disse o pai da vítima.

Relembre o caso
Na noite de 14 de junho de 2008, a engenheira Patrícia Amieiro Franco, então com 24 anos, desapareceu ao voltar de uma festa na Zona Sul para sua casa na Barra da Tijuca. O carro de Patrícia foi encontrado no Canal de Marapendi. A perícia feita no veículo encontrou vestígios de tiros. Quatro policiais militares são acusados de matar e ocultar o cadáver da vítima, que teve morte presumível decretada pela justiça em junho de 2011.

“Chegamos a enviar uma carta à presidente Dilma Rousseff pedindo a inclusão do caso de Patrícia para ser investigado na Comissão da Verdade. Afinal, a nossa situação é a mesma de famílias de vítimas da ditadura: nossos filhos desapareceram nas mãos da polícia. A presidente respondeu que ia encaminhar o pedido ao Ministério da Justiça e até hoje não tivemos qualquer resposta”, lembrou Celso Franco, que enviou a carta há um mês.

Fonte: G1

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