Ex-militar acusado de matar empresário é condenado a 36 anos

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Ex-militar acusado de matar empresário vai a julgamento

(Atualizada às 16h45)

Seis anos depois do assassinato do empresário José Maria dos Santos, o Araújo, de 55 anos, encontrado morto em um terreno de Rio Largo, a 7ª Vara Criminal julgou nesta segunda-feira, dia 9, Jairo Sebastião Dantas, acusado de ser o autor intelectual do crime que vitimou o empreiteiro.

Jairo, que é ex-cabo da Polícia Militar, foi condenado a 36 anos de prisão, mas, deixou o prédio livre sob monitoramento eletrônico. Ele também foi condenado ao pagamento de uma indenização de R$ 60 mil para a família da vítima.

O ex-PM usou como estratégia de defesa não se pronunciar durante todo o julgamento.

O advogado de Jairo, Roberto Marques, diz que orientou o cliente a permanecer em silêncio porque, segundo ele, o acusado já deu seu depoimento em outras ocasiões. Marques disse ainda não haver provas que comprovem o desejo de Jairo na morte do empreiteiro e que os indícios trazidos pela promotoria da suposta participação de Jairo deveriam ter sido corroboradas antes. “Estas provas providas em série de inquérito que comprovariam a suposta participação de Jairo no homicídio deveriam ter sido corroboradas em juízo”, relatou Marques.

Familiares da vítima disseram querer Justiça e que só após ‘a condenação dos réus poderão dormir em paz’.

Dez pessoas teriam participado do crime que terminou com a morte do empreiteiro. Três delas já foram julgadas e condenadas. Em janeiro de 2009, o mecânico Luiz Aquino Ferreira foi condenado a 33 anos de reclusão em regime fechado. Ele foi o terceiro envolvido na morte que foi condenado pelo Tribunal do Júri. Em novembro de 2088, a promotoria já havia conseguido a condenação a 24 anos de prisão de Marcelo dos Santos que teria auxiliado Aquino a matar o empresário. O comerciante Maciel Gomes da Silva também foi condenado, a três anos de prisão, pela receptação do carro da vítima. Na época, ele comprou o veículo por R$ 500,00.

O julgamento da esposa da vítima, Maria José da Silva, a “Nena”, também acusada de ser autora intelectual na morte do marido ainda deverá acontecer, bem como a do policial militar Antônio Rita dos Santos, também acusado de participar do assassinato e que recorreu da sentença.

O ex-cabo Jairo Dantas e Nena foram julgados em 2010, mas a decisão foi cancelada em agosto do ano passado pela Câmara Criminal do Tribunal de Justiça, que considerou a decisão dos jurados contrária as provas dos autos do processo.

As investigações apontam que Nena estava disposta a pagar R$ 35 mil pela morte do marido.

O amante de Nena, José Carlos Almeida Santos, e José Alexandre Pereira Clemente são considerados foragidos da Justiça.

Relembre o caso

O corpo do empresário José Maria dos Santos foi encontrado no dia 3 de março de 2006, um mês após o seu suposto sequestro, mas o reconhecimento só ocorreu no dia 21, após o corpo ser exumado no Cemitério Divina Pastora. O corpo do empresário foi encontrado em uma mata na região de Rio Largo, com os membros amarrados com fios de telefone. O empresário teria sido dopado e posteriormente asfixiado.

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