Técnicos do IMA iniciam pesquisa no bairro da Ponta Grossa

Os resultados das análises feitas a partir das amostras de solo e água colhidas na segunda casa, onde houve aumento de temperatura em parte do piso, não foram conclusivos. As variações microbiológicas e físico-químicas não são semelhantes às da primeira casa. Para verificar a real causa, se há outros casos e indicar medidas apropriadas, técnicos do Instituto do Meio Ambiente (IMA) iniciam amanhã (08) uma pesquisa na região.

Duas diferentes equipes deverão percorrer determinadas ruas do bairro, a partir das duas casas onde houve alteração incomum da temperatura. Com apoio de uma empresa especializada, serão feitos pequenos furos no solo de terrenos públicos, baldios ou particulares, quando houver autorização, para medir a temperatura, a presença de gases e para eventual coleta de amostras.

De modo simultâneo, será feita uma pesquisa nas residências para verificar se há casos semelhantes ao das duas primeiras casas. Caso haja, o procedimento será o mesmo: verificação da temperatura do ambiente e do solo, seguida da coleta de amostras. “Assim teremos dados mais precisos e condição de dizer se é uma situação da região e qual a causa mais provável”, disse Carlos Soares, diretor de Laboratório do IMA.

A Gerência de Geoprocessamento do IMA está preparando mapas comparativos para demonstrar como era a área antes da intensificação da ocupação, com imagens sobrepostas da década de 60 e após o ano 2000. “Toda aquela área apresenta um solo rico em matéria orgânica, pelas características naturais, ali havia muito mangue que foi aterrado”, comenta Ricardo César, diretor técnico do IMA.

Resultado das análises
A causa da alteração da temperatura no chão da segunda casa não pôde ainda ser apontada, porque “o resultado das análises é inconclusivo”, segundo Ricardo César. A diferença da segunda residência para a primeira é que a temperatura foi registrada mais alta, mas os parâmetros analisados não apresentaram as mesmas alterações e não há contaminação por coliformes termotolerantes (fecais).

Nos dois casos foram feitas análises de temperatura, além de físico-químicas e microbiológicas, a partir de amostras coletadas de buracos abertos no local onde havia esquentamento. Parte da água foi enviada para o laboratório de microbiologia da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) para análise de coliformes, amostras do solo seguiram para um laboratório particular e a análise físico-química da água foi feita no laboratório do IMA.

Fonte: Clarice Maia/IMA

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