O protesto de trabalhadores do setor rodoviário na manhã desta segunda-feira (20/08), que prejudicou a circulação de ônibus em Maceió e causou transtornos aos usuários do transporte público não foi promovido pelo Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário (Sinttro/AL), filiado à CUT/AL, instituição que representa oficialmente à categoria. Informações dão conta de que pessoas articuladas aos empresários influenciaram um grupo de trabalhadores/as a aderir à manifestação.
O protesto foi realizado de forma intempestiva e não se justifica, uma vez que não houve deliberação da categoria, através de assembleia, caracterizando-se em Greve Branca que enfraquece os/as trabalhadores/as e fortalece os patrões. O Sindicato tem audiência marcada para o próximo dia 29/08, no Tribunal Regional do Trabalho (TRT/AL 19ª Região), para julgamento do dissídio coletivo, referente ao Acordo Coletivo de Trabalho (ACT 2012/2013).
Tudo leva a crer que a manifestação teve o incentivo e apoio dos empresários do setor de transporte coletivo, pois os mesmos não se conformam com a redução da tarifa de R$ 2,30 para R$ 2,10, conforme decisão judicial que atendeu as reivindicações das entidades representativas da sociedade civil organizada, através de mandado de segurança, com participação efetiva da CUT Alagoas.
A CUT alerta que o sindicato é o legitimo representante dos/as trabalhadores/as, que atua na luta por aumento de salários com responsabilidade e respeito às decisões judiciais e deve ser fortalecido enquanto instrumento de luta dos/as trabalhadores/as. O reajuste salarial da categoria não pode ser confundido com o aumento do preço da passagem ou associado à decisão da justiça que ordenou a redução do valor da tarifa.
Dessa forma, a CUT tem a clareza de que a categoria não deve entrar no jogo dos empresários e aposta nos resultados das negociações que estão sendo feitas com a mediação da justiça do trabalho.
