Alunos da Ufal-Penedo protestam
Em assembleia realizada na tarde desta sexta-feira, 31 de agosto, os professores da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) decidiram pela manutenção da greve. Em votação, 127 docentes se mostraram favoráveis à continuação do movimento grevista e 19 votaram pelo fim da paralisação, com quatro abstenções.
A greve dos professores da Ufal se estende há cerca de três meses prejudicando milhares de alunos, que mesmo apoiando a luta da categoria, esperam ansiosamente pelo fim do movimento para que possam concluir seus cursos.
“Sabemos que os professores merecem aquilo que eles reivindicam, mas nós estamos sendo prejudicados. Espero que o Governo Federal se posicione logo sobre isso, pois sabemos que tem profissionais que não tem a mesma qualificação deles e ganham bem mais. A luta é justa, mas o injusto é que a gente pague por isso”, declarou a graduanda do 5º período do curso de Engenharia de Pesca da Ufal, em Penedo, Priscilla Calumbi.
Em maio do corrente ano, alunos Ufal em Penedo realizaram uma manifestação pelo centro da cidade em apoio à luta dos professores. Com faixas, cartazes e carros de som, eles mostraram que os docentes precisam ser mais valorizados e cobraram ainda a ampliação do prédio da universidade.
Algumas universidades da esfera federal aceitaram a proposta de 15% de reajuste oferecido pelo Governo e encerraram a greve na semana passada. A mesma decisão foi tomada pelos técnicos administrativos que após meses de negociações decidiram encerrar o movimento e retomar as atividades.
Os docentes reivindicam carreira única para os professores da esfera federal com piso nacional de R$2.239,35; 13 níveis remuneratórios, com variações de 5% entre os níveis; e percentuais de acréscimo relativos à titulação e ao regime de trabalho, entre outras coisas.
