Saúde gasta quase R$ 3 milhões com vítimas de acidentes de trânsito

Dados são referentes ao período de 2011 até julho de 2012.

O Sistema Único de Saúde (SUS) de Alagoas investiu R$ 1,8 milhão em recursos utilizados para cuidar de pessoas que se envolveram em acidentes com moto. Os dados são do Sistema de Informação Hospitalar do Ministério da Saúde, referente ao período de 2009 a julho de 2012, e são destinados exclusivamente ao atendimento hospitalar, sem contar com os tratamentos pós-traumáticos.

Para se ter ideia dos altos custos, apenas este ano, a Saúde custeou R$ 437 mil. Segundo o coordenador do Comitê Estadual de Trânsito da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), Eloy Yanes, os custos gerais com acidentes de trânsito foram de R$ 2,96 milhões, no período de 2011 até julho de 2012, dado que comprova o alto índice de acidentes com motocicletas, atendidos pelo Hospital Geral do Estado e pela Unidade de Emergência Doutor Daniel Houly, em Arapiraca.

“Em razão desses números crescentes, a Sesau vem realizando ações educativas para conscientizar os condutores sobre os acidentes no trânsito, que acarretam em altos custos financiados pela Saúde e que poderiam ser investidos em outras causas”, enfatizou Eloy Yanes, explicando que não existe fatalidade no trânsito, e sim, irresponsabilidade, como testemunhou o agente penitenciário Felipe Moreira Gomes.

“Eu ingeri bebida alcoólica e voltei para casa de moto. Cochilei. O acidente aconteceu em 2007, próximo ao bairro de Ipioca. Fiquei no Hospital Geral do Estado por conta da fratura no joelho e também quebrei todos os ossos do pé direito, além de romper os tendões da mão esquerda. Ate hoje não tenho movimento em alguns dedos”, relatou o agente de penitenciário.

Segundo ele, o melhor recado que pode dar as pessoas é de que “se beber, não dirija”. Eloy Yanes acrescenta que o preconceito em relação à moto depende do motociclista. “Pilotar embriagado é um dos agravantes do acidente, além da falta de atenção, desobediência à sinalização e velocidade incompatível”, esclareceu, lembrando que todas essas causas podem ser evitáveis.

Foi o que aconteceu com a agente de trânsito Daniela Inês dos Santos, que caiu da moto por conta da chuva e óleo na pista. “Estou começando a pilotar moto agora, mas como sempre ando devagar, não aconteceu nada grave”, contou. Ainda segundo o coordenador do Comitê Estadual de Trânsito, “é necessário estar com equipamentos de segurança – como capacete, jaqueta, luva, calça e bota – pilotar devagar e atento, se alimentar bem e realizar a manutenção do veículo, prestando atenção nos demais motoristas, motociclistas e pedestres”, complementou, ao explicar os procedimentos adequados ao motociclista Adeíldo Benício da Silva.

De acordo com a superintendente de Vigilância em Saúde da Sesau, Sandra Canuto, a iniciativa é uma prioridade na política de saúde que combate a morbimortalidade no trânsito. “Além das sequelas físicas e psicológicas no acidentado e na família, os gastos do Sistema Único de Saúde em Alagoas é muito alto. Queremos preservar vidas e conscientizar os condutores sobre o respeito à vida”, enfatizou.

Fonte: Ascom/Sesau

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