Alagoas conta com 17 Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs), conhecidas como casas de repouso, abrigos ou asilos. Essas instituições de caráter residencial são destinadas ao domicílio coletivo de pessoas com idade igual ou superior a 60 anos, com ou sem suporte familiar, em condição de liberdade, dignidade e cidadania.
Ao todo, as instituições reguladas no Estado acolhem cerca de 460 idosos, de um total de 260 mil, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em razão do Dia Nacional e Internacional do Idoso, celebrado nesta segunda-feira (1º), a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) reuniu os gestores das secretarias municipais de Saúde que têm Instituições de Longa Permanência para Idoso, para discutir as necessidades, visando melhorar a qualidade de vida dos idosos.
Durante a reunião, os gestores municipais relataram as dificuldades em relação à manutenção das ILPIs, incluindo o custeio dos profissionais de Saúde que dão suporte ao trabalho multidisciplinar da instituição. Isso porque, das 17 instituições de Alagoas, 15 são filantrópicas, uma é municipal e outra é particular.
“O Estado tem o papel de sensibilizar os gestores sobre o papel das Instituições de Longa Permanência para Idosos, visto que a Saúde é municipalizada e cabe à própria cidade, colocar em prática todas as ações”, esclareceu a gerente do Núcleo da Saúde do Idoso da Sesau, Elisabeth Toledo.
Ainda de acordo com ela, as principais diretrizes utilizadas pela Sesau, a fim de assegurar a atenção integral à saúde do idoso, são a promoção do envelhecimento ativo e saudável, a manutenção e reabilitação da capacidade funcional e o apoio ao desenvolvimento de cuidados informais. Elisabeth Toledo destacou que os técnicos foram convocados a garantir leitos, transporte sanitário (ambulância), assistência médica e medicamentos.
Segundo Elisabeth Toledo, a Sesau vai atuar como mediadora para solucionar e melhorar essas questões de saúde municipal, acrescentando que a Secretaria de Assistência Social é a responsável pelos convênios e repasse de recursos para a manutenção do lar. De acordo com a gerente estadual da Saúde do Idoso, um fato importante decidido durante a reunião, foi que os gestores das instituições resolveram fundar uma associação estadual, porque, juntos, é mais fácil lutar pelos direitos das Instituições de Longa Permanência para Idoso.
“O encontro foi também bastante proveitoso pelo fato de compartilhar as ações realizadas em cada instituição, a exemplo do programa realizado pela Secretaria de Agricultura com a entrega de leite”, lembrou. Elisabeth Toledo acrescentou que, desde 2009 a Sesau propôs o programa “Adote um Idoso”.
A iniciativa foi aderida pelo Lar São Vicente de Paulo, no bairro da Cambona, em Maceió, e foi proposta para as demais instituições, que necessitam de fralda geriátrica, aveia, farinha láctea, dentre outras carências. Isso porque, esses itens podem ser suprimidas por voluntários, que podem contribuir financeiramente, com doações materiais ou a presença nas instituições.
