Está marcada para a manhã desta quarta-feira (3) um dia de paralisação com assembleia geral com trabalhadores da educação da rede estadual. Professores, funcionários, ativos e aposentados devem decidir os próximos passos da guerra travada com o Governo do Estado desde que o processo do Plano de Carreiras da categoria travou e uma nota oficial contra o Sinteal foi publicada na última sexta-feira (28/09).
Após meses de negociação com o Sinteal, da construção do Plano de Cargos, Carreiras e Subsídios (PCCS), com direito a promessa do secretário de Estado da Educação Adriano Soares na televisão, o Governo do Estado comunicou que não vai mais dialogar com o sindicato. O Secretário, inclusive, tem utilizado sua página na mídia social Facebook para disparar criticas à luta sindical. Convocou uma reunião com diretores de escola e coordenadores regionais para o mesmo horário da assembleia. Enquanto isso, o Governo divulgou uma nota oficial rompendo e encerrando as negociações.
“Até agora não estamos entendendo. Ele [o secretário] sentou conosco para negociar e houve avanços, estávamos com uma reunião técnica marcada, e o canal simplesmente foi fechado quando marcamos uma assembleia da categoria. Mesmo impacientes, estávamos confiando na palavra dada pelos gestores de que o Plano seria aprovado. Agora compram espaço em horário nobre na televisão para veicular inverdades, na tentativa de dividir a classe trabalhadora”, disse Consuelo Correia, presidenta do Sinteal.
Com o pior Índice de Educação Básica (IDEB) do país, essa gestão tem se apresentado desastrosa. Não há concurso desde 2005, faltam professores, merendeiras, vigias, serviços gerais. A violência é outro problema, porque o tráfico já penetrou maleficamente em muitas escolas. O caso mais conhecido e divulgado recentemente é o da Escola Geraldo Melo, com ameaças à vida, desaparecimento de alunos e até incêndio provocado dentro das dependências da escola. Além disso, uma reforma mal planejada resultou no cancelamento do ano letivo de algumas unidades de ensino.
Com a assembleia de amanhã (4ª feira, 03 de outubro), marcada para as 09h00, no Clube Fênix, a categoria vai definir as formas de mobilização a serem seguidas e organizadas pelo sindicato. Não está descartada a possibilidade de uma greve na rede estadual de educação.
