Comunidade do Clima Bom recebe governador

O bairro do Clima Bom receberá, nesta terça-feira (12), a visita do governador Teotonio Vilela. O chefe do Executivo participa de um café da manhã com lideranças do bairro. O encontro, marcado para as 8h, no espaço de entretenimento Samira Festas, situado no principal corredor de transportes do Conjunto Rosane Collor.

A iniciativa faz parte do projeto Ouvidoria nas Comunidades e tem como objetivo aproximar o Governo da população e saber de suas necessidades. “Queremos ouvir sugestões para encaminhá-las a cada um dos órgãos responsáveis”, diz Claudionor Araújo, ouvidor-geral do Estado.

Araújo ressalta também que durante o encontro, os representantes de associações, igreja, escolas, vão apresentar sugestões para que o Estado possa melhorar cada vez mais os serviços públicos oferecidos à população dos bairros da capital.

A primeira localidade beneficiada foi o Village Campestre, onde o governador Teotonio Vilela esteve em novembro de 2009 e anunciou a construção de uma escola, principal reivindicação da comunidade.

Com uma população estimada de 150 mil habitantes, o Clima Bom é considerado um dos bairros mais carentes de Maceió. Integram o bairro os conjuntos Rosane Collor, Colibri, Colina dos Eucaliptos II, Luiz Pedro I, Osman Loureiro e Sombra dos Eucaliptos. Todos deverão estar representados no encontro com o governador.

“Esse é um momento ímpar, quando estaremos sentandos com o governador do Estado para discutir os problemas do bairro e buscar soluções”, diz Arildo Alves de Souza, conselheiro tutelar e presidente da organização não governamental Viva Clima Bom.

Morador do bairro há 15 anos, ele diz que três problemas serão colocados como prioridade: educação, geração de emprego e renda e segurança pública. “Os jovens concluem o ensino médio e como não têm uma ocupação, não encontram mercado de trabalho. Ociosos, acabam indo parar no mundo das drogas, do crack, o que leva à violência. Eles não têm perspectiva e isso se deve à ausência do poder público em várias áreas, como na cultura, na qualificação para o mercado de trabalho”, afirma o líder comunitário.

Segundo ele, a renda per capita dos trabalhadores do bairro não passa do salário mínimo. “Além disso, a maioria, com idades entre os 19 aos 45 anos, não sabe o que é carteira assinada”, diz Arildo Souza.

O líder comunitário também revela que a evasão escolar é preocupante e diz que existe um projeto para ser implantado ainda esse ano da escola em tempo integral, mas ressalta que só dará certo se houver atrativo para manter o aluno na instituição de ensino.

“É preciso investir na construção de ginásios esportivos, cultura, teatro. Só assim o estudante permanecerá na escola”, diz. Os moradores também cobram a instalação de um posto de saúde, embora reconheçam que essa é atribuição do município.

Fonte: Assessoria

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