Será realizado nesta quarta-feira, 24, no auditório do Centro de Referência Integrada de Arapiraca (CRIA), o 3º encontro de capacitação de profissionais da saúde do PSF/AL como parte do projeto de “Implantação de Serviço de Referência de Aconselhamento Genético para Portadores de Doença Falciforme no SUS/AL”, que reunirá enfermeiros de Arapiraca e outros municípios da 4ª Região.
O projeto é coordenado pela Professora Eneida Lipinski-Figueiredo, da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) em parceria com a Uncisal, Maternidade Santa Mônica, Casa do Pezinho, Secretaria Estadual de Saúde e HEMOAL. Segundo Eneida, os profissionais da saúde serão treinados para o reconhecimento dos portadores da Doença Falciforme e deverão encaminhar os casos suspeitos ao HEMOAL, para confirmação do diagnóstico. “Uma vez confirmados, os casos positivos serão encaminhados ao HU para tratamento e Aconselhamento Genético. Os profissionais capacitados receberão material didático e atuarão como agentes multiplicadores, capacitando os Agentes de Saúde de suas unidades”, reforçou a professora.
As primeiras edições do encontro foram consideradas positivas, pois reforçou para enfermeiros e médicos da capital alagoana os novos protocolos em relação a detecção precoce, acompanhamento e tratamentos para pacientes com doença falciforme, que pode ser detectada ainda nos primeiros dias de vida do bebê, durante a realização do teste do pezinho. “O objetivo é que todos os profissionais tenham a mesma visão sobre a doença e saibam que a identificação pode ocorrer entre o terceiro e sétimo dia de vida, quando deve ser realizado o teste do pezinho, e isso pode significar uma vida normal para o paciente, já que receberão o tratamento adequado”, explica Sandra Estelita, gerente da Casa do Pezinho.
Sobre a Doença Falciforme – A Doença Falciforme é a doença genética (hereditária) mais comum no Brasil e bastante frequente em Alagoas. Os portadores desta anomalia possuem hemoglobina S, que acarreta alteração na forma das suas hemácias (glóbulos vermelhos), causando fenômenos vaso-oclusivos e anemia crônica. O quadro clínico desta doença costuma ser bastante grave, com alto grau de morbidade e mortalidade, caso não haja diagnóstico precoce e tratamento adequado.