Os policiais militares de Alagoas convocaram assembleia geral para esta terça-feira (30), a partir das 14 horas, no Clube dos Subtenentes e Sargentos Militares, no Trapiche da Barra. Seguindo um calendário nacional de mobilizações pela aprovação das Propostas de Emenda à Constituição (PECs) 300/08 e 446/09, as associações dos militares reúnem a tropa e adiantam que podem deliberar paralisação por tempo indeterminado.
A categoria insiste em lutar por uma política de valorização profissional, que consistiria em melhores salários, condições adequadas de trabalho e uma escala de serviço compatível com a carreira.
Além da tramitação das PECs, na Câmara Federal, que será um dos principais assuntos a serem discutidos na assembleia, os militares informam que a pauta de reivindicações local também será debatida e por causa dela um aquartelamento pode ser deliberado. Eles afirmam que há um déficit salarial dos policiais e bombeiros de Alagoas de quatro anos, referentes às datas-base que não foram pagas. Há ainda um percentual de 7% restante de uma negociação feita no início de 2007, que deveria ter sido aplicada aos vencimentos deste este período.
O presidente da Associação dos Cabos e Soldados (ACS) de Alagoas, cabo PM Wagner Simas, disse que outros pontos também precisam de ajustes na Polícia Militar. Entre eles estão as denúncias, segundo ele constantes, de abuso de autoridade praticados pelos comandantes das unidades. Recentemente, militares da 3ª e da 5ª Companhia da PM denunciaram tentativa de intimidação ao Ministério Público. Eles foram transferidos após comunicarem o fato ao órgão.
INTEGRAÇÃO – De acordo com Simas, a assembleia unificada foi marcada como estratégia de unir o movimento da categoria em torno de uma pauta nacional de reivindicações. A principal delas se trata das PECs 300 e 446, que tramitam juntas na Câmara Federal. As propostas sugerem a instituição de um piso nacional para os militares. Atualmente, as PECs aguardam somente apreciação em plenário.
“Escolhemos neste dia reunir o máximo possível de policiais e bombeiros em um único propósito. Mostrar para que não estamos parados e queremos urgentemente uma política de valorização para a segurança pública de Alagoas. E não dá mais para esperar. Temos que garantir a aprovação das PECs antes das eleições”, avaliou Simas.
O Sindicato dos Policiais Civis (Sindpol) e dos Agentes Penitenciários de Alagoas (Sindapen) anunciaram que estarão participando da assembleia geral dos militares desta terça-feira. As três categorias firmaram apoio em todas as mobilizações e seguem um cronograma de atividades até o final de abril, prazo dado pela Justiça Eleitoral para que ajustes salariais, por exemplo, sejam feitos pelo Executivo.
No dia 07 de abril, data agendada pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), para uma paralisação de 24 horas dos servidores públicos, também terá o apoio dos agentes da segurança pública.