Um grupo de 20 profissionais alagoanos, entre técnicos das áreas de formação social e agronômica, participa na próxima semana de um curso sobre ervas medicinais, com ênfase na manipulação de fitoterápicos, em Carpina (PE).

Todos eles são extensionistas da Secretaria de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário (Seagri) e prestam atendimento aos agricultores familiares. Durante o curso, realizado de 12 a 16 de abril, por meio da Superintendência de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural, eles serão capacitados para usar ervas medicinais no preparo de produtos fitoterápicos, como chá in natura, xarope, cápsulas, sabonetes e tintura.

De acordo com o engenheiro agrônomo que vai ministrar uma parte do treinamento, Waldir Almeida dos Santos, do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), todos os técnicos se tornarão aptos a realizar oficinas para treinar os agricultores que já utilizam os fitoterápicos como fonte de renda e atenção primária à saúde.

“Eles serão agentes para executar a Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicas e vão promover o uso consciente dessas ervas que, se manipuladas de forma incorreta, podem trazer prejuízos à saúde”, frisou Waldir Almeida dos Santos, que também é supervisor do Projeto de Fitoterápicos do Governo de Pernambuco.

Segundo ele, cada planta tem mais de um princípio ativo, e em todo o país existem muitos vendedores oportunistas, que se aproveitam de descobertas empíricas para lucrar com a venda dos produtos. “As pessoas só devem consumir esse tipo de produto quando há uma recomendação dos órgãos competentes”, alerta.

Política Nacional — Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), 80% da população dos países em desenvolvimento utiliza-se de práticas tradicionais na atenção primária, e desse total, 85% usam plantas medicinais ou preparações destas.

A Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicas prevê a regulamentação do cultivo, do manejo sustentável, da produção, da distribuição e do uso de plantas medicinais e fitoterápicos, considerando as experiências da sociedade civil nas suas diferentes formas de organização.

Os fitoterápicos são medicamentos cujos componentes terapeuticamente ativos são exclusivamente plantas ou derivados vegetais (extratos, sucos, óleos, ceras, etc.), não podendo ter em sua composição a inclusão de substâncias ativas isoladas.

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