O Governo de Alagoas, através de um convênio firmado entre a Agência de Fomento de Alagoas (Afal) e a Organização Não Governamental Humanitária Visão Mundial, vai fomentar as atividades produtivas de desenvolvimento local, nos bairros com população de baixa renda e municípios com índices sociais negativos. Serão investidos quase R$ 3 milhões em ações que incluem oferta de financiamento; capacitação; e preparação para o acesso ao mercado e ao crédito.

A primeira etapa do plano de ação já está em andamento e visa identificar e selecionar os grupos com perfil específico para empreender os micro e pequenos negócios. O objetivo principal, segundo o diretor de Desenvolvimento e Projetos da Afal, Fábio Leão, é formar grupos com no mínimo 10 pessoas que já desenvolvam alguma atividade econômica formal ou informal, e prepará-los para o acesso ao crédito, e, consequentemente para o mercado.

“Queremos fortalecer os pequenos grupos produtivos que estão na chamada base da pirâmide, que ainda não dispõem de qualquer tipo de incentivo, para que possamos prepará-los e, com isso, fomentar a rede de empreendedores alagoanos”, disse Leão.

Os grupos serão selecionados por agentes de desenvolvimento local escolhidos por meio de edital. Todo o conceito do projeto foi desenvolvido com base numa metodologia denominada Gold, direcionada a oferecer aos grupos todo o suporte necessário, desde noções de educação básica e financeira, até conhecimentos de ética, cidadania, democracia e de acesso aos negócios. O mesmo trabalho vem sendo aplicado com sucesso em Mossoró, no Rio Grande do Norte, e em comunidades da periferia de Fortaleza, no Ceará, onde já existem mais de cem grupos formados.

Em Maceió o projeto será desenvolvido, inicialmente, nos bairros do Vergel do Lago, Jacintinho, Benedito Bentes e Fernão Velho. Já no interior do Estado, serão contemplados os municípios de Inhapi, Canapi e Senador Rui Palmeira. A governança do projeto será compartilhada entre a Afal e a Visão Mundial. “Iremos trabalhar no segundo piso, preparando as pessoas para o acesso ao crédito. Nossa meta é, no futuro, atingir todo o Estado e poder beneficiar cerca de 5 mil empreendedores, com a formação de 500 grupos”, explicou Fábio Leão.

O projeto conta com o reforço do Banco Interamericano de Desenvolvimento (Bid), que já está com um escritório instalado junto a Afal, e com três técnicos atuando na execução da primeira etapa.

Os futuros empreendedores deverão ser inseridos em projetos já consolidados no Estado, a exemplo dos Programas de Arranjos Produtivos Locais (APL), e Territórios da Cidadania, além das cooperativas e associações.
“Iremos gerar uma dinâmica econômica criando grupos de oportunidades locais, incentivando o acesso aos negócios, utilizando o capital humano disponível em nosso Estado, que já tem um pequeno negócio ou pensa em criar algum”, concluiu o diretor de Desenvolvimento e Projetos da Afal, Fábio Leão.

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