Padre confirma que monsenhor abusava sexualmente de ex-coroinhas

Trabalhos da CPI da Pedofilia prosseguem neste domingo

Trabalhos da CPI da Pedofilia prosseguem neste domingo

Ângelo Farias/Cada MinutoTrabalhos da CPI da Pedofilia prosseguem neste domingo

Trabalhos da CPI da Pedofilia prosseguem neste domingo

O terceiro dia dos trabalhos da CPI da Pedofilia do Senado no Fórum de Arapiraca foi marcado pelas discussões e pela emoção durante as acareações. O primeiro a ser ouvido neste domingo, 18, o monsenhor Raimundo Gomes negou qualquer envolvimento sexual com os ex-coroinhas Fabiano Ferreira, Cícero Flávio Barbosa e Anderson Farias, mas foi desmentido pelos jovens e também pelo próprio colega de batina, o padre Edílson Duarte.

Anderson confirmou que era molestado pelo religioso desde os 12 anos e o padre Edílson – que depôs ontem (sábado) e confessou a prática de pedofilia – também afirmou que o monsenhor mantinha relações com homens e crianças. Os depoimentos prestados ao presidente da CPI, senador Magno Malta (PR/ES), foram acompanhados por centenas de pessoas que lotaram o fórum.

Mesmo diante das acusações dos jovens e do colega, o monsenhor continuou alegando inocência e chorou várias vezes, ao ser ameaçado de prisão pelo presidente da CPI e durante a acareação com o padre Edílson Duarte.

Antes de a sessão ser suspensa para um intervalo, o senador Magno Malta também se emocionou ao pedir que o monsenhor falasse a verdade e tentasse reparar o mal feito as crianças.

Luiz Marques

Na tarde deste domingo, 18, aconteceu um dos mais esperados depoimentos da CPI da Pedofilia no Senado, o do Monsenhor Luiz Marques. Ele admitiu ter mantido relação sexual com ex-coroinhas, mas negou a prática de pedofilia. O monsenhor disse que ele e o bispo Dom Valério Brêda sabiam que o padre Edílson abusava de menores.

Na acareação, os ex-coroinhas desmentiram o monsenhor, afirmando que eram abusados sexualmente por ele desde a infância. O padre Edílson também voltou a falar nesta tarde e disse que o monsenhor Raimundo sabia de tudo e pediu proteção policial, que foi acatada pela CPI.

No depoimento, o monsenhor Luiz Marques disse que foi crucificado como Jesus e pediu perdão. O material recolhido em sua casa durante o cumprimento de mandado judicial também foi apresentado: várias garrafas de bebidas alcoólicas e um creme vaginal. O monsenhor disse que as bebidas eram para as visitas e o creme tinha sido esquecido na casa por alguém.

(Atualizada às 18h10)

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