Maio, junho e julho devem ser de atenção nos morros. O trimestre tende a apresentar chuvas dentro ou acima da média, que é de 900 milímetros de precipitação no litoral e Zona da Mata. É a previsão da 5ª Reunião de Análise Climática do Nordeste, realizada em Maceió (AL), da qual participou o Laboratório de Meteorologia de Pernambuco (Lamepe). Altas temperaturas no Oceano Atlântico e ventos alísios mais intensos são os fatores que influenciam o prognóstico.
Com até 2º C acima do esperado para a época, 27º C, as águas do Atlântico Sul favorecem a formação de nuvens carregadas. Contribui para isso o aumento da força dos alísios, ventos úmidos típicos de regiões tropicais. “São duas condições que colaboram para deflagrar chuvas intensas, o que pode ocorrer até agosto”, esclarece a coordenadora do Lamepe, Francis Lacerda.
A previsão vale para toda a porção leste do Nordeste, o que abarca a área costeira do Recôncavo Baiano até o Rio Grande do Norte, e ainda a Zona da Mata e parte do Agreste da Paraíba, Pernambuco e Alagoas. O quadro foi traçado em consenso entre os centros de meteorologia dos Estados e os institutos federais atuantes na região. Hoje, o Lamepe deve divulgar o prognóstico específico para o clima de Pernambuco no próximo trimestre.