Alagoas tem se notabilizado ao longo dos últimos três anos na transparência, agilidade e, principalmente, na economia dos gastos, bem como na ampliação da distribuição de medicamentos e correlatos em todo Estado. A informação é do diretor de Assistência Farmacêutica da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), Fábio Pacheco.
Números revelam que, atualmente, o Estado desembolsa um valor menor de recursos para a compra de medicamentos, ao mesmo tempo em que aumentou o número de pessoas beneficiadas com a oferta dos diversos remédios.
De acordo com as estatísticas, enquanto em 2008 foram gastos cerca de R$ 20 milhões para atender a 7.500 pessoas, em 2009 o governo de Alagoas conseguiu aumentar o atendimento com um elenco maior de medicamentos para 12 mil pacientes com uma informação significativa: uma redução nos custos da compra.
“Conseguimos ampliar o atendimento para quase o dobro de pacientes em 2009, gastando menos, o equivalente a R$ 12 milhões, o que significa que o Estado está comprando melhor, com um preço bem mais baixo”, comemora Pacheco, ao revelar a estratégia que possibilitou a Alagoas comprar e distribuir melhor os medicamentos.
“Isso se deve à determinação do secretário Herbert Motta em centralizar e criar um setor responsável pela compra dos medicamentos, que antes ficava ao bel prazer dos hospitais e unidades de saúde”, completa.
E a expectativa para este ano, acrescenta Pacheco, é ainda mais otimista. “Nossa previsão é de que, em 2010, passemos a atender a 16 mil pessoas, com um custo ainda menor para o Estado – cerca de 10 milhões”, completa Pacheco.
Outra novidade que coloca o Estado em situação de destaque na compra e distribuição de medicamentos é que, atualmente, os 102 munícipios recebem os benefícios. “Esse é outro fato inédito na história de Alagoas”, sustenta.
Com a centralização dos serviços, a Direção de Administração Farmacêutica do Estado (DAF) foi dividida em duas gerências. Uma delas é a de Componentes Especializados da Assistência Farmacêutica, responsável pelos medicamentos de alto custo – que hoje estão em 145 tipos de medicamentos, que incluem pré e pós-transplantados, hepatite, hormônios, artrite, reumatóides, entre outros.
A segunda gerência é a Central de Abastecimento Farmacêutico, que abastece as unidades pré-hospitalares e os hospitais. “Até o início do governo eram seis ou sete unidades que geriam as formas de compras e não se tinha controle dos gastos. Hoje, o Estado barganha preços, o que possibilita comprar mais, em grande escala, com menor custo e com mais agilidade”, ressalta.
Medicamentos — No rol dos remédios mais caros que o Estado compra está os que tratam artrite e reumatóides, cuja ampola custa R$ 2 mil. “Imagine uma pessoa que não tenha condições financeiras ter que usar seis ampolas ao mês”, comenta. Nessa lista de mais caros estão também os relacionados ao mal de Alzeimer, os quais cada comprimido sai em torno de R$ 600 mil.
Agendamento – Fábio Pacheco ressalta que existe um cronograma de distribuição aos usuários que deve ser cumprido para otimizar o processo de entrega, além de garantir que o paciente não fique sem o medicamento. Para isso, é preciso ter acesso à Farmácia de Remédios Execepcionais (Farmex).
Por dia, são atendidos cerca de 30 a 40 casos novos de pessoas que necessitam dos medicamentos de alto custo. “Montamos um cronograma de distribuição, que deve ser seguido à risca pelos pacientes, já que todos têm conhecimento dele e são previamente informados”, garantiu.
Pacheco informa que, para se ter acesso ao serviço da farmácia, o portador de determinada patologia necessita ser encaminhado por um médico, que determinará o tipo de medicação adequada. Em seguida, se dirige à Farmex, onde será cadastrado e informado sobre os documentos necessários, além de passar por uma bateria de exames. Toda documentação é avaliada por uma junta médica e todo o processo, até a liberação do remédio, leva em média sete dias.