A Vigilância Sanitária Estadual, por meio do Programa de Análise de Resíduos e Agrotóxicos em Alimentos (PARA) retomou nesta segunda-feira (24), o segundo bimestre de coleta de amostras de hortifruti comercializado em supermercados de Maceió, para análise da qualidade dos produtos consumidos pela população. Desta vez, os técnicos da Vigilância coletaram cenoura, maçã, repolho e alface em um supermercado no bairro da Ponta Verde.
A ação faz parte da parceria entre a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e os laboratórios centrais dos Estados do Paraná, Goiás e Minas Gerais, únicos do Brasil que estão preparados para fazer a análise de resíduos de agrotóxicos em alimentos. “O objetivo é saber se a quantidade de agrotóxicos usada na produção está de acordo com as normas do Ministério da Agricultura”, informou Edleuza Rodrigues, coordenadora do PARA.
Segundo Edleuza, os produtos coletados são encaminhados para os laboratórios, sendo que as maçãs vão para o Lacen de Goiás; repolho e cenoura para Curitiba e alface para Minas Gerais. “Esse trabalho é importante no sentido de evitar que os alagoanos venham a consumir alimentos com alto nível de contaminação por agrotóxicos, que podem causar doenças como, por exemplo, câncer”, destacou.
A coleta é bimestral e acontece em todos os Estados, sendo realizada uma vez por semana em supermercados de grande e médio porte. No primeiro bimestre foram coletadas amostras de tomate, pimentão, batata inglesa e feijão em sete estabelecimentos localizados nos bairros do Trapiche, Farol, Centro, Tabuleiro, Jatiúca, Cruz das Almas e Ponta Grossa.
A previsão é de que no prazo de 30 a 60 dias a análise seja concluída. Com o resultado, a Vigilância Sanitária reunirá representantes da Associação dos Supermercados e do Ministério da Agricultura para obter dados que possam chegar até o produtor e saber qual o agrotóxico utilizado e a quantidade.
“Se o teor de agrotóxico estiver acima dos níveis preconizados pelo Ministério da Agricultura, o produtor poderá ser punido que vão de advertência até pagamento de multa”, informou Edleuza Rodrigues.