Da AE
Os dois celulares de Mércia Mikie Nakashima, 28 anos, recuperados no Honda Fit dela estavam sem chip. A polícia acredita que o assassino da advogada tenha removido os dispositivos para impedir o rastreamento das últimas ligações feitas e recebidas por ela. Na quinta-feira, Adão Bispo de Souza, irmão do principal suspeito do crime, depôs no DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa). "Não tenho nada a declarar" e "o caso está em segredo de justiça" foram as únicas frases repetidas por Adão ao deixar o prédio do DHPP, no Centro de São Paulo, no fim da tarde.
Os policiais queriam ouvi-lo para saber se o policial militar aposentado Mizael Bispo de Souza, 40 anos, encontrou-se com familiares em 23 de maio, último dia em que Mércia foi vista. Mizael, ex-namorado de Mércia, é mantido como um dos suspeitos do crime, segundo o advogado Arles Gonçalves Júnior, destacado pela secção paulista da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) para acompanhar a apuração do caso. "Várias pessoas estão sendo averiguadas, não só o Mizael", ressaltou o advogado. De acordo com ele, ainda não há indícios suficientes para pedir a prisão temporária ou preventiva do ex-namorado de Mércia. O delegado Antônio de Olim, responsável pela investigação, não deu informações sobre o caso ontem.
Além da OAB, acompanham o caso os promotores de Justiça Rodrigo Merli Antunes e Raquel Eli Stein Mateius, de Guarulhos. Com a força-tarefa, espera-se avaliar o máximo de hipóteses e provas para esclarecer o crime. Entre os trabalhos está prevista a reconstituição da cena relatada pelo comerciante que afirma ter visto o carro da advogada ser jogado na represa. Cogita-se que a encenação seria realizada no dia 29