Uma obra tem gerado controvérsia e indignação entre os empresários instalados no Polo Multissetorial Governador Luiz Cavalcante, no Tabuleiro do Martins. O prédio está sendo construído bem ao lado de uma escola profissionalizante, sem a sinalização que indique o tipo de empreendimento e se ele possui as licenças e alvarás necessários para a sua execução.
Curioso, um empresário sondou os trabalhadores e se surpreendeu ao ouvir que a obra se trata de um motel. A situação tem um agravante: o presidente da Associação das Empresas do Polo Multissetorial (Adedi), empresário Gilvan Leite, disse que no levantamento feito pela entidade consta que o terreno onde a construção está sendo erguida é uma área verde.
“O local é invadido, inclusive faz parte de uma área de risco, pois está nas margens da Lagoa Dois do projeto de macrodrenagem”, argumenta. Segundo ele, a Adedi encaminhou ofício à Superintendência Municipal de Controle do Convívio Urbano (SMCCU), solicitando a presença de uma equipe de fiscalização na obra, mas até agora não foi atendida.
A falta de informações sobre a obra tem angustiado os empresários, que não conseguem descobrir quem é o dono do empreendimento. Eles temem que a demora da SMCCU em comparecer ao local para fiscalizar a legalidade da obra se estenda e que um motel seja instalado em terreno irregular, bem ao lado de uma escola profissionalizante, frequentada por jovens alunos.
Outro temor dos empresários, explica Gilvan Leite, é que a construção afronte a luta de décadas do empresariado pela concretização da revitalização do Polo Multissetorial, que hoje vem recebendo diversos investimentos privados. As 120 empresas instaladas no local são responsáveis, atualmente, pela geração de 4.500 empregos diretos e outros quatro empreendimentos estão em fase de implantação.