PEC 300: AL tem o 10º maior salário de PM no país

Além de manifestação na Esplanada dos Ministérios, defensores da PEC 300 criarão uma frente parlamentar em defesa do piso salarial dos PMs

Além de manifestação na Esplanada dos Ministérios, defensores da PEC 300 criarão uma frente parlamentar em defesa do piso salarial dos PMs

Associações militares de todo o Brasil montam guarda em Brasília para pressionar os deputados federais a dizer sim para a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que unifica os salários das polícias estaduais. A pressão é para que PEC 300 seja votada antes do recesso parlamentar- 15 de julho.

Números mostram que o salários dos policiais militares de Alagoas é o décimo maior do Brasil- o quarto maior do Nordeste. Na região, perde para Sergipe (R$ 3.012,00), Maranhão (R$ 2.037,39), Bahia (R$ 1.984,23). Um PM alagoano recebe R$ 1.818,56.

Os dados foram levantados pelo Correio Brasiliense.

O maior salário no País de um PM é o no Distrito Federal: R$ 4.129.73. O menor é no Rio de Janeiro, R$ 1.137,49.

O menor estado do Brasil- Sergipe- tem o segundo melhor salário de PM no país.

A PEC 300, como é conhecida, já esteve em pauta em março do ano passado e foi aprovada em uma primeira votação, mas com várias modificações em relação ao texto original.

Segundo a Confederação Brasileira dos Trabalhadores Policiais Civis (Cobrapol), pelo menos 460 parlamentares já aderiram ao movimento. Ou seja: votam favoravelmente pela proposta.

Um grupo de policiais civis, militares e bombeiros militares programa para 5 de julho uma manifestação em Brasília para entregar o requerimento ao presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS). "Até agora, 460 deputados assinaram o documento pedindo que a matéria seja colocada em votação em segundo turno, mas o número de parlamentares deve aumentar, já que falta a coleta em alguns estados, como o Rio de Janeiro", explica o presidente da confederação, Jânio Bosco Gandra.

Os representantes dos policiais admitem não discutir a questão salarial nos próximos meses, caso o governo e o presidente da Câmara garantam que a proposta seja votada em segundo turno. "Queremos que isso ocorra ainda antes do recesso, quando começa a mobilização de várias entidades em Brasília", diz o dirigente da Cobrapol. "Estamos trabalhando por etapa e o valor do piso salarial único será definido depois", acrescenta.

No início da semana, o governo se movimentou para evitar que a PEC 300 seja aprovada. O Palácio do Planalto tenta convencer os governos estaduais de sua base a pressionarem os deputados a não votar, sob o argumento de que a aprovação significaria um impacto de R$ 50 bilhões anuais no Orçamento. Porém um dos argumentos dos estados é justamente o de que a PEC tinha apoio incondicional do ex-ministro da Justiça Tarso Genro — hoje governador do Rio Grande do Sul.

No texto inicial, a PEC 300 fixava salários de R$ 3,5 mil para policiais que ocupavam cargos básicos e R$ 7 mil para cargos de confiança. Na votação em primeiro turno, ano passado, a apresentação de destaques tirou os valores fixados. Em 2010, centenas de policiais ocuparam a Câmara e chegaram a acampar no Salão Verde. O protesto era pelo fato de os parlamentares não terem votado a matéria em segundo turno, como estava definido.

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