Professores, estudantes e técnicos da Uncisal exigem concurso

Alagoas24horas

Estudantes saíram em passeata

Em mais uma tentativa de sensibilizar o Estado sobre a situação limite que vive a Universidade de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal), professores, técnicos e alunos se reuniram na porta da instituição, no bairro do Trapiche, exigindo e realização de concurso público para a contratação de mais professore e técnicos.

Segundo a reitora da Instituição, Rosângela Wyszomirska, a Uncisal vive um momento de carência aguda no quadro e que esta sobrecarga dos atuais professores e constante carência poderá levar ao colapso da instituição de ensino. “Atualmente a Uncisal precisa de 280 professores e 848 técnicos para normalizar suas atividades”, relata a reitora.

Ainda segundo Rosângela, desde o ano de 2002 não são realizados novos concursos para a contratação de professores. No caso dos técnicos, em 2004 foi realizado um processo seletivo e um ‘miniconcurso’ para suprir os casos de emergência. Desde o ano de 2004, entre técnicos e professores, 365 vacâncias foram abertas. Esse número se refere aos aposentados, inativos e outros casos.

Para suprir a carência, a reitoria da Unscisal firmou parceria com a Fundação de Ensino, Pesquisa e Extensão (Fepesa) para contratações em caráter de urgência. Porém, desde dezembro de 2010 o Ministério Público do Trabalho (MPT) proibiu a prática. Com a medida do MPT, a situação de calamidade se potencializou.

Mesmo com todas as dificuldades, a entidade atingiu a nota 04, emplacando como o melhor curso de saúde do Estado, na prova do Ministério da Educação (MEC) que mede o Índice Geral de Cursos (IGC) e avalia as condições do Ensino Superior no Brasil. Com base nisto, os estudantes, professore e técnicos exigem que a unidade de ensino receba a atenção devida.

“Nós exigimos concurso, verba e respeito”, relata o estudante e membro do diretório acadêmico, Rafael Costa. Segundo Rafael, a entidade sobrevive hoje do repasse do Fundo de Saúde de três unidades hospitalares: Portugal Ramalho, Maternidade Escola Santa Mônica e Hospital Escola Dr. Hélvio Auto. “A Uncisal não é mais de competência da Educação e sim da Saúde e vive da verba destas três unidades. Onde já se viu isso? Deslocar a verba da Saúde, que já é curta, para a Educação. Isto deve ser motivo de grande preocupação para a sociedade, desabafa Rafael, que lembra que a Uncisal é o único local no Estado que oferece aparelho auditivo gratuitamente através do Sistema Único de Saúde (SUS).