Mais mulheres têm filho após os 30 anos, revela IBGE

O número de brasileiras que decide ter filho depois dos 30 anos teve aumento significativo entre 2000 e 2010. Entre 30 e 34 anos, a taxa passou de 14,4% para 17,6%, o que representa uma mudança no padrão de fecundidade no país. Também houve aumento entre as mulheres entre 35 e 39 anos no mesmo período: de 6,9% para 8,3%.

É o que revelam os dados da pesquisa Estatísticas do Registro Civil, apresentados nesta quarta-feira (30) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Hoje, as mulheres na faixa etária entre 30 e 44 anos respondem por quase 30% dos nascimentos no país. Por outro lado, menos adolescentes viraram mães nos últimos dez anos.

De acordo com o instituto, essa mudança se deve ao estreitamento da pirâmide etária nos grupos de mulheres mais jovens, ao declínio das taxas de fecundidade em todos os segmentos etários e ao adiamento da maternidade, em especial no caso de mulheres com maior escolaridade. Isso é mais acentuado nos Estados do Sudeste e Sul.

O grupo de 20 a 24 anos ainda concentra o maior percentual, mas houve queda de 30,8%, observado em 2000, para 27,5%, em 2010. Os grupos etários além de 25 anos de idade apresentaram aumento no período de dez anos, com maior crescimento na faixa de 30 a 34 anos, de dois pontos percentuais (de 14,4% para 17,6%).

Registro de nascimento

O registro de recém-nascidos no Brasil que acontece após um ano de idade caiu significativamente nos últimos dez anos.

.O número representa queda acentuada, se considerado o patamar de 1999, quando o índice de crianças que não eram registradas em cartório era de 20,7%. No ano passado, esse índice era de 8,2%.

Segundo o IBGE, o novo patamar alcançado pelo Brasil se deve, principalmente, à melhoria dos serviços cartoriais, a partir da aprovação, em 1997, da lei de gratuidade da primeira via dos registros de nascimentos e de óbitos, além de campanhas e outras iniciativas governamentais para incentivar o registro.

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