Advogado diz que vai pedirá habeas corpus para libertar Marcos Valério

O advogado de Marcos Valério, Marcelo Leonardo, disse nesta sexta-feira (2) que deverá pedir, na semana que vem, a soltura do publicitário, preso nesta sexta-feira (2) em operação de combate à grilagem de terras. Marcelo Leonardo disse que ainda não teve acesso ao mandado de prisão, mas considera a prisão ilegal.

"Como o mandado de prisão não veio acompanhado da cópia do processo, entendemos que devemos procurar o documento no decorrer da próxima semana e entrar com um processo de habeas corpus", disse o advogado nesta sexta após participar de seminário no Senado.

Ele argumenta que a prisão preventiva só poderia ser dada em último caso e Marcos Valério nunca chegou a ser intimado para falar sobre esse caso. O publicitário foi detido na manhã desta sexta em Belo Horizonte, onde vive, e transportado logo depois para Bahia.

A prisão foi pedida pelo Ministério Público da Bahia, que acusa Valério e outras 14 pessoas que também foram detidas por suspeita de fraudar documentos para provar a posse de terras na Bahia. Segundo os promotores, os imóveis, em sua grande maioria, não existiam, mas eram fabricadas matrículas para dá-los como existentes, com o objetivo de garantir empréstimos e execuções fiscais.

O advogado Marcelo Leonardo disse que esse caso já havia sido investigado há sete anos pela Polícia Federal, que, segundo ele, não havia encontrado irregularidades. O defensor afirmou ainda que o cliente ficou "surpreso" com a prisão.

"Ele ficou surpreso, porque o mandado foi expedido pela comarca de São Desidério, na Bahia. Ele não tem nenhuma atividade ligada à Bahia nem esteve na região", afirmou.

As prisões foram determinadas pela Justiça da Bahia, depois de uma investigação que durou 17 meses. Quatro foram realizadas em Minas Gerais, uma em São Paulo e outras 10 prisões ocorreram na Bahia, na cidade de Barreiras.

Batizada de "Operação Terra do Nunca", a ação é realizada em três estados e tem como meta cumprir 23 mandados de prisão preventiva. Os pedidos de prisão apontam envolvimento dos suspeitos na "aquisição de ‘papéis públicos’, para a ‘grilagem’ de terras, ocorrida no município de São Desidério, Oeste da Bahia".

Fonte: G1

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