O delegado Fernando Reis afirmou neste domingo (25) que, de acordo com os primeiros dados da perícia, o tiro que atingiu a mão de uma estudante dentro do carro do jogador Adriano partiu do banco de trás. De acordo com o delegado, o laudo conclusivo da perícia do Instituto de Criminalística Carlos Éboli só deve ficar pronto entre 20 e 30 dias.
A investigação do caso está a cargo da 16ª DP (Barra da Tijuca). A vítima, de 20 anos, contou à polícia que o jogador disparou acidentalmente, ao manusear a arma do amigo Júlio César Barros, tenente reformado da Polícia Militar. No entanto, o jogador e outros quatro ocupantes do carro afirmam que foi a própria vítima que efetuou o disparo, também de maneira acidental.
Das seis pessoas ouvidas pela polícia, a estudante é a única que diz que o jogador estava no banco de trás do carro. Em depoimento, Adriano contou que estava no banco do carona dianteiro de seu carro, que era dirigido pelo amigo policial. O PM confessou à polícia que a arma era de sua propriedade. A Polícia Civil adiantou que o tenente vai responder a um processo adminsitrativo por negligência ou omissão na guarda de arma de fogo.
O delegado Fernando Reis, titular da 16ª DP (Barra da Tijuca), considera “indispensável” uma acareação entre a vítima e os outros ocupantes do carro, incluindo o jogador. A expectativa da polícia é ouvir a jovem, assim que ela receber alta do Hospital Barra D´or, onde está internada, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio.
De acordo com o hospital, a previsão dos médicos é que a estudante seja submetida na terça-feira (27) a uma cirurgia de reconstrução da mão esquerda. A equipe de ortopedia responsável pelo caso avalia que é possível que a vítima não tenha sequelas na movimentação da mão, pois o tiro atingiu apenas o osso, não afetando artérias, nem o tendão. O estado de saúde da jovem é considerado bom.
Entenda o caso
No sábado, o delegado Carlos César, que estava excepcionalmente atuando na 16ª DP (Barra da Tijuca), disse que Adriano contou que foi a própria vítima quem efetuou o disparo.
"Ele disse que foi ela que, mexendo inadvertidamente na arma, apertou o gatilho. Ao mesmo tempo, afirmou que ninguém viu o que aconteceu. O disparo apenas foi ouvido, e todos dentro do carro se abaixaram. E então perceberam que a mão dela estava sangrando", explicou o delegado.
Adriano quanto a jovem realizaram um exame para detectar a presença de pólvora nas mãos. Segundo ele, o laudo final deve ficar pronto em, no máximo, oito dias.
Adriano saía de uma boate, na Barra da Tijuca, acompanhado de quatro mulheres quando o incidente aconteceu, por volta das 5h30 de sábado.
"Eu só ouvi o barulho. Eu estava dirigindo o veículo. Eu não vi nada. Só o barulho. A arma estava debaixo do banco e era minha", contou o PM reformado Júlio César Barros, amigo de Adriano que dirigia o veículo.