Os governos federal e estadual querem gastar R$ 10 milhões para a construção de um monumento que se torne o marco referencial, como foi chamado, de Maceió. Ele deve ser construído no lugar do clube Alagoinhas (entre as praias de Ponta Verde e Pajuçara)- hoje abandonado.
Problema é que Maceió tem uma lista de monumentos- alguns escandalosos e abandonados.
A proposta do Governo é que a obra se torne "ícone" do turismo no Estado. Na comparação, a Torre Eifel, em Paris, e o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, e o elevador do Mercado Modelo, em Salvador.
"No novo local, será montada uma estrutura em aço, num formato de um barco com velas, com luminosidade e campo visual. O espaço contará também com elevador de 30 a 40 metros, que dará uma visão quase que completa da orla, museu de fotografias e esculturas artísticas, aquário, espaço para apresentações artísticas locais, estacionamento e local para os comerciantes que vendem acarajé atualmente", disse o Governo.
Maceió tem uma lista de monumentos caros e abandonados, que poderiam ser símbolo de alguma coisa:
– Em 1 de janeiro, o Coreto de Jaraguá completa 94 anos. É símbolo em algumas peças publicitárias da capital ou mesmo de Alagoas. Hoje, é abrigo para alguns dos sem-teto que perambulam em Maceió;
– Custando R$ 1,5 milhão e inaugurado em 2003, o Memorial à República foi inaugurado em 15 de novembro de 2005 pelo então vice-presidente da República José de Alencar. Há uma ordem de demolição, do Ministério Público Federal, para a obra. O Memorial está parcialmente abandonado e com sinais de vandalismo;
– Em setembro de 2003 foi inaugurado o Monumento ao Milênio- uma homenagem atrasada aos dois mil anos do nascimento de Jesus Cristo. A obra custou R$ 180 mil, sequer é catagolada como patrimônio cultural pela Secretaria de Cultura, foi erguida em uma das áreas mais miseráveis de Maceió (o Dique Estrada) e, pela ostentação, a obra ganhou um apelido: "Monumento à Safadeza". A obra? Abandonada.
– O papódromo- erguido no Dique Estrada só para a missa campal do papa João Paulo II, em outubro de 1991, virou lugar do tráfico e de prostituição infantil.