O Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de Maceió realizou hoje, em parceria com a Universidade Federal de Alagoas, Ministério Público Estadual e o Núcleo Educacional Ambiental São Francisco de Assis (Neafa), um mutirão de castração de caninos e felinos residentes no bairro do Reginaldo. A atividade complementou a Ação de Saúde Animal, realizada no bairro pela SMS no início deste mês, quando foram feitos quase 200 atendimentos ambulatoriais de cães e gatos no local.
O secretário municipal de Saúde, Francisco Lins, ressaltou a importância do trabalho realizado pelo CCZ dentro do município de Maceió. “Nós que fazemos a Secretaria Municipal de Saúde temos compartilhado de ações que beneficiam a saúde pública. Estamos trabalhando com intuito de oferecer ainda mais benefícios para a saúde de todos”, lembrou Lins.
“A ação de hoje é resultado da triagem feita anteriormente e teve como critério a quantidade de animais nas casas e o compartilhamento do mesmo espaço entre machos e fêmeas, situação em que há uma maior probabilidade de crias indesejadas”, afirmou o coordenador do CCZ, Carlos Eduardo da Silva.
O mutirão – que contou com o apoio do Instituto do Meio Ambiente (no transporte dos moradores do Reginaldo com seus animais) e do Laboratório Vetbrands (que forneceu os medicamentos utilizados nas cirurgias e no pós-operatório de cães e gatos) – mobilizou veterinários e auxiliares de Veterinária das instituições envolvidas, além de alunos da UFAL, com a expectativa de esterilizar 40 animais.
“Além de preparar nossos alunos para a prática profissional, essa atividade de extensão reforça o controle da população animal, promovendo a redução dos riscos das zoonoses que afetam o ser humano”, afirmou o médico veterinário e professor Pierre Barnabé Escotro.
Segundo ele, o processo de castração é considerado, de forma geral, simples e rápido, sendo feito com anestesia geral para evitar qualquer sofrimento ao animal. Para a dona de casa Ana Paula Santos Silva, a ação foi bastante oportuna. Dona de quatro cães e uma gata, ela aguardava sua vez para esterilizar dois dos últimos cães que faltavam.
“É uma preocupação a menos para mim porque posso continuar a definir quantos quero ter em casa”, disse ela, que adotou todos os seus animais.
Para a presidente do Neafa, Ângela Seabra, a ação é importante para disseminar a conscientização junto aos donos desses animais, estimulando a posse responsável, ao invés dos casos de abandono, que levam a maus tratos e proliferação de zoonoses.
“Levando em consideração que os animais que vive nas ruas corresponde a 10% da população, estimamos que em Maceió existam cerca de 100 mil cães e gatos abandonados, sem qualquer acompanhamento e representando riscos para a saúde do ser humano. Ações assim reforçam a necessidade desse controle e ampliam cada vez mais esse alerta junto as pessoas”, frisou Ângela.