A situação continua precária na 5ª Delegacia Regional de Palmeira dos Índios. Na madrugada deste domingo, 25, nove presos lotados na cela de número um tentaram fugir através de um buraco na parede. A tentativa foi frustrada pelos três agentes plantonistas que descobriram a escavação.
De acordo com o chefe de operações da Delegacia do 71º DP de Coité do Nóia, Antônio Carlos, que estava de plantão junto com o escrivão e um agente da Regional de Palmeira dos Índios, sob o comando do delegado Gilson Rego, os presos estavam prestes a fugir quando foram descobertos.
“Um agente foi fazer uma ronda no pátio externo da Delegacia quando ouviu um barulho estranho. Quando fomos verificar, constatamos que vinha do xadrez número um, onde os presos estavam escavando a parede para fugir”, contou o chefe. Os agentes solicitaram reforço dos policiais do 10º BPM e entraram na cela para realizar a revista.
Na ocasião foram encontradas facas, espetos de fabricação caseira e estiletes confeccionados a partir de um cabo de vassoura de metal. Questionado a existência dos instrumentos, o chefe foi enfático: “é complicado responsabilizar alguém já que diversas equipes passam pela Delegacia. Cada um faz o seu papel”. Dos nove detentos, três assumiram a responsabilidade pela tentativa de fuga.
Antônio Carlos lembra que a Delegacia tem capacidade para 16 presos, quatro por cela, mas mantém atualmente 34 presos. Com o isolamento da cela de número um, onde ocorreu a tentativa de fuga, os presos ficarão amontoados em apenas três celas que por sua vez apresentam condições subumanas de permanência.
“A Delegacia está tomada por infiltrações, sem energia nas celas, sanitários entupidos, infestação de ratos, baratas e escorpiões. Não há condições nem de trabalho, nem de permanência de presos aqui. Os detentos estão sem banho de sol, sem receber visitas, por isso tentam o tempo inteiro fugir”, desabafa o chefe de serviço.
Na semana passada o Alagoas24Horas divulgou as denúncias da equipe da Delegacia Regional. Depois disto, 10 presos foram transferidos da carceragem.