As situações de Robinho e Juan, dois jogadores incontestáveis desde que Dunga assumiu a Seleção Brasileira, incomodaram o treinador durante a entrevista coletiva após o treino desta sexta-feira no Khalifa Stadium, em Doha.
Robinho machucou o tornozelo no dia 5 de setembro. Desde então, não joga pelo Manchester City, mas fez questão de atender a convocação para os jogos contra a Inglaterra neste sábado e Omã na próxima terça-feira.
Mesmo assim, um representante do clube inglês veio até o Catar para conversar com o departamento médico da Seleção. "Não adianta o cara chegar aqui na porta e levar o jogador embora. Tem uma hierarquia. A Seleção é respeitada no mundo todo", esbravejou.
O técnico fez questão ainda de elogiar o comportamento de Robinho, o atleta que mais vezes entrou em campo sob seu comando. "Ele sempre demonstrou alegria, essa coisa de menino de jogar na Seleção".
O caso de Juan também irritou o técnico. A Roma pediu a desconvocação do atleta por conta de uma lesão muscular que ele sofreu em junho. A CBF não aceitou, mas o zagueiro foi proibido de viajar pelo presidente do clube italiano.
"O caso do Juan vai ser comunicado para a Fifa porque a Roma não o liberou. Está no estatuto que ele tem que se apresentar. Temos respeito com os clubes e é preciso ter com a Seleção", explicou.
Não é a primeira vez que Dunga convoca atletas lesionados. O próprio Juan já foi chamado sem condições de jogo e treinou separado dos companheiros. É o que está acontecendo com Robinho desta vez. No amistoso contra a Estônia, em agosto, Ramires estava lesionado e também viajou com o grupo.