O Índice de Preço ao Consumidor (IPC), medido pela Secretaria do Planejamento e do Orçamento (Seplan) e divulgado nesta sexta-feira (08), revela que a inflação verificada em Maceió no primeiro mês do ano foi de 0,96%, menor que em dezembro de 2007, quando chegou a 1,08%.
De acordo com o IPC, os 12 itens componentes da cesta básica registraram alta no preço em janeiro. O aumento médio foi de 3,79%, comprometendo 44,13% do salário mínimo, o equivalente a R$ 167,71. O valor também representa aumento em relação a janeiro de 2007, quando a cesta básica comprometeu 40,45% do salário.
“O maior comprometimento do salário mínimo pela cesta básica em janeiro deste ano em relação a janeiro de 2007 é apenas um reflexo da inflação acumulada no período”, explica o responsável pelo IPC, Gilvan Sinésio.
Os grupos componentes do IPC que mais puxaram a inflação foram educação (3,17%), alimentação (1,53%), despesas pessoais (0,62%), fumo e bebidas (0,50%), transportes (0,29%), habitação (0,25%) e saúde (0,12%).
Segundo Gilvan Sinésio, os gastos com educação foram quatro vezes maiores que em dezembro porque é no início do ano quando são feitas as matrículas escolares e comprado o material escolar. Mesmo assim, a elevação dos gastos com educação foram menores que em janeiro de 2007, quando tiveram alta de 4,25%. “Isso se deve ao aumento no número de escolas de nível superior no Estado, que aumentou a concorrência e fez o preço de algumas mensalidades cair”, comenta Gilvan Sinésio.
Ainda segundo dados do IPC, dentre os itens que compõem a cesta básica, o tomate foi o maior vilão, com alta de 17,50%, seguido pelo óleo de soja (6,64%) e pelo açúcar (3,17%). As menores altas foram registradas no preço da manteiga (0,60%), do pão francês (0,94%) e do leite (0,99%).
Para Gilvan Sinésio, as altas no preço do tomate e do arroz, que subiu 1,23%, se devem a perdas na lavoura provocadas pelo excesso de chuva. “O açúcar subiu muito porque estamos no período de entressafra da cana”, completa.
