Governador deve ser ouvido pela PF

O delegado da Polícia Federal, Sandro Augusto, confirmou – na manhã de hoje – que o governador de Alagoas, Teotonio Vilela Filho (PSDB), também será ouvido sobre o repasse do duodécimo para a Assembléia Legislativa do Estado de Alagoas. Deverá ser questionado ao governador, o valor do repasse.

Porém, o delegado – que também responde pelo setor de comunicação com a imprensa – disse que ouvir Vilela não é uma prioridade. Apenas, conforme Sandro Augusto, a Polícia Federal não vai “fechar os ouvidos” para as denúncias que surgem em relação ao repasse das verbas para o Legislativo.

A discussão em torno do montante surgiu após o advogado José Costa – integrante dos quadros do PMDB – colocar que o ex-governador Ronaldo Lessa (PDT) seria um dos responsáveis pelo aumento do duodécimo de R$ 4,5 milhões para R$ 9 milhões. José Costa destacou que Lessa teria se beneficiado.

Na gestão de Vilela, o duodécimo foi reduzido em R$ 1 milhão por mês. No entanto, após as denúncias, o Vilela enviou uma proposta para a Casa Tavares Bastos propondo a redução do repasse em R$ 30 milhões, no montante enviado durante o ano. A mensagem do Executivo foi arquivada na sessão de ontem.

Sandro Augusto não entrou em detalhes sobre os assuntos a serem discutidos com o governador. De acordo com ele, o governador apenas será ouvido para esclarecimentos e – por esta razão – ainda não há uma data marcada para o depoimento. De acordo com o delegado responsável pelas investigações, Janderlyer Gomes, o inquérito que apura os desvios do duodécimo deve ser finalizado ainda neste mês.

Mais de cem pessoas já se encontram entre os indiciados. Dentre estes, 12 deputados estaduais, dos quais nove foram afastados do Poder Legislativo por decisão do desembargador Antônio Sapucaia. Na verdade, a Polícia Federal quer saber quais os critérios utilizados para o repasse do duodécimo e por esta razão, deve ouvir Vilela, assim como ouviu Ronaldo Lessa.

Vale ressaltar, que após o ouvir José Costa, o delegado Sandro Augusto já havia colocado que não vai permitir a utilização política do inquérito gerado a partir da Operação Taturana.

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