Em mais uma vistoria realizada na manhã desta quarta-feira, 9, no Estádio Rei Pelé, os engenheiros da Secretaria de Educação e Esportes, Raul Cleto, do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea), Marcelo Daniel, e do Serviço de Engenharia do Estado de Alagoas (Serveal), Francisco Medeiros e Rubens Malta liberaram mais duas áreas no estádio, que está parcialmente interditado para a realização de obras emergenciais.
Foram liberados os dois fundos de gols, aumentando a capacidade do estádio de sete mil lugares para 10.200, contudo, com a redução de 10% estabelecida pela Polícia Militar – considerada margem de segurança – o Rei Pelé contaria hoje com apenas 9.400 lugares, sem atingir o número de lugares mínimos exigido pela Confederação Brasileira de Futebol para competições nacionais.
Os engenheiros presentes à vistoria afirmaram que pretendem, até o final de semana, liberar as cadeiras – o que representaria mais 1.200 lugares – mas esta liberação só será possível após a adoção de algumas medidas, como instalação de tapumes, entre outras.
Embora o estádio esteja autorizado pelos engenheiros a sediar o clássico do próximo domingo, entre CSA x CRB, válido pela última rodada do segundo turno do Campeonato Alagoano 2008, o presidente da Federação Alagoana de Futebol (FAF), Gustavo Feijó, aguarda até às 14h a chegada do laudo e da Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) para confirmar a partida na principal praça esportiva do Estado. Caso a ART não seja entregue dentro do prazo, o clássico pode ser transferido para o Estádio José Gomes, em Murici.
Quanto ao Campeonato Brasileiro da Segunda Divisão, a FAF deverá encaminhar ainda na tarde de hoje o laudo dos engenheiros para a CBF. Sem atender às exigências da entidade máxima do futebol brasileiro, a partida entre CRB x São Caetano, marcada para o dia 16 de maio, válida pela segunda rodada da competição pode não acontecer no Rei Pelé.
O imbróglio envolvendo as obras no Rei Pelé se arrasta desde o ano passado, quando a Comissão de Vistorias sugeriu a interdição do estádio e a realização de obras estruturantes, o que provocou discordância entre os vários engenheiros envolvidos na emissão do laudo.