O deputado estadual Paulo Fernando dos Santos, o Paulão (PT), deve prestar depoimento à Polícia Federal, nesta terça-feira, dia 22. Paulão deverá esclarecer o depoimento que tomou tendo como avalista a Mesa Diretora da Assembléia Legislativa de Alagoas.
De acordo com o delegado Jandelyer Gomes, o parlamentar deve integrar a lista de deputados estaduais indiciados desde que foi deflagrada a Operação Taturana, em dezembro de 2006. Paulão é acusado de ter feito empréstimos ilegais.
Os demais deputados acusados são apontados em diversos outros crimes; entre eles, o desvio de mais de R$ 280 milhões por meio de fraudes na Receita Federal. Paulão – em entrevista a imprensa – confirma ter feito empréstimo, mas diz que pagou com os próprios recursos.
O deputado Judson Cabral – líder do PT na Casa Tavares Bastos – chegou a declarar que o companheiro de partido não pode ser colocado na mesma lista de parlamentares que dilapidaram o erário nos últimos anos. Cabral chegou a afirmar que o petista pode ter sido induzido ao erro.
Paulão também contesta o valor do empréstimo, que foi divulgado – em denúncia anônima, com cópias de cheques anexadas – como sendo de R$ 240 mil. “O valor é de R$ 30 mil”, afirmou Paulão. Os cheques apresentados pela denúncia – conforme Paulão – não foram creditados e nunca entraram em sua conta.
O deputado estadual autorizou ainda a quebra de sigilo bancário, o que foi feito pedido pela Polícia Federal, na semana passada. Paulão – ao utilizar a tribuna do Legislativo – classificou as denúncias anônimas como “instrumento dos covardes”. O petista relembrou ainda sua luta em defesa da transparência na Casa Tavares Bastos.
Paulão cobra o acesso ao Siafem – aprovado este ano por conta de um projeto do deputado estadual Marcelo Vitor (PTB) – desde 1999, além de ter denunciado, antes mesmo da Operação Taturana, um possível mau uso do duodécimo destinado ao Poder Legislativo.
