Assentados vendem produtos agrícolas

A iniciativa de trabalhadores rurais assentados vem dando certo no município de Murici que antes só contava, semanalmente, com uma feira. Agora são duas e com uma diferença. Às quintas-feiras o espaço é ocupado somente por produtos plantados em áreas da reforma agrária. São frutas, legumes, verduras e outros, cultivados sem a aplicação de agrotóxicos e, consequentemente, salutares. Esta seria a razão de a comercialização ter ganhado adeptos em toda a cidade.

Desde as sete horas da manhã é possível confirmar a grande movimentação no local, que fica em frente à prefeitura. Os produtos levados dos assentamentos chamam a atenção pelo tamanho e ainda têm valor acessível, segundo a clientela, se comparados com outros da região. Entre os mais procurados estão a laranja-lima- que é carro-chefe da Zona da Mata- e a banana. Mas, isso não quer dizer que o abacaxi, o mamão, o coco, a graviola, a jaca, a pitomba, a macaxeira, o feijão de corda, o inhame, a batata-doce, o tomate, o alface, o pimentão, a acerola e muitos outros sejam desprezados. Geralmente as vendas acontecem em 100%.

Por conta do crescimento da comercialização, os pequenos produtores têm a pretensão de buscar investimentos para tornar o espaço mais atrativo. A primeira idéia, dada pelo Incra, que visitou o local hoje (24), seria a padronização das barracas.

“Essa feira é muito boa porque nos dá a oportunidade de levar para casa produtos orgânicos que não fazem mal à saúde. À primeira vista, somente pelo tamanho, já percebemos que são bons. Espero que continue porque só tínhamos uma feira na semana e assim ficamos com mais uma opção”, disse José Cláudio.

Para o Incra, é muito importante a abertura de espaço para os agricultores. “Isso demonstra que os assentados trabalham, investem na terra que ganharam e tiram dela seu sustento. Devem-se encontrar alternativas para que a iniciativa seja fortalecida e eles consigam atingir o objetivo, que é a geração de renda, cada vez mais”, disse o superintendente-adjunto, Estevão Oliveira.

Fonte: Dulce Melo/Incra

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