Durante todo o fim de semana, a Colônia Happy Diabetes, que acontece na sede da Associação Atlética do Banco do Brasil, reúne jovens e crianças, na faixa etária entre 12 e 28 anos, que convivem com o diabetes. O objetivo é orientar e integrar estes jovens, além de discutir sobre diabetes, trabalhando reeducação alimentar e atividades físicas.
A Colônia reúne aproximadamente 50 pessoas, entre 30 jovens e os organizadores. De acordo com o médico endocrinologista e idealizador do projeto, Edson Perrotti, a colônia mostra para as crianças e jovens portadores da diabetes tipo 1 que é possível viver bem com novas práticas de vida.
“Nosso intuito é dar um pouco mais de liberdade para esses jovens, pois os pais ainda têm muito receio com relação a doença e acabam limitando mais do que o devido, trazendo transtornos para as partes”, explicou.
Segundo Perrotti, a Diabetes tipo1 é uma doença auto-imune que resulta em destruição permanente das células beta do pâncreas, as quais produzem insulina. A doença acomete aproximadamente 10% da população e geralmente ocorre na infância e na adolescência. “Estamos visando a conscientização dos pais e dos filhos.
A criança com diabetes deve crescer com atividades diferenciadas, mas não precisa ser tão limitada como alguns pais impõem”, completou. Na manhã de hoje, os jovens se reuniram para participar de dinâmicas educativas sob a orientação de uma psicóloga. Conforme Perrotti, todas as práticas da colônia são voltas a integração e a orientação dos que convivem com diabetes.
A colônia conta ainda com uma equipe multidisciplinar, composta por Médicos, Psicólogo, Enfermeiro, Educadores Físicos e Nutricionista. “Estamos procurando estimular os pacientes a buscar novos conhecimentos sobre a sua doença e conhecer novos tratamentos, favorecendo o espírito de equipe no desenvolvimento das atividades diárias e proporcionando ter aos participantes condições de saber discernir quando devem recorrer ao médico e quando resolver sozinhas dificuldades que lhe surjam”, destaca o endocrinologista.
Para o jovem participante da Happy Diabetes, Flávio Ramon, 24 anos, o evento é uma oportunidade. “Eu estou em tratamento há um ano, desde que descobri que tinha diabetes. Antes, não conhecia pessoas que convivam com o meu problema, por isto considero essencial iniciativas como estas. Eu acho excelente e já espero pelas próximas”, salientou.