Tomou posse nesta segunda-feira, 2, a nova diretoria de distribuição da Eletrobrás, que vai comandar as sete empresas de energia federalizadas do Brasil. A posse foi na sede da Companhia Energética de Alagoas (Ceal) e reuniu, além dos novos diretores, várias pessoas ligadas ao setor elétrico do Estado e funcionários da Ceal. A solenidade foi aberta com a apresentação do coro Reluz, formado por colaboradores da Ceal.
O engenheiro Flávio Decat é o diretor de distribuição e terá como aliados os diretores Pedro Hosken (financeiro), Luis Hiroshi, (administrativo), Ronaldo Ferreira (comercial), Uilton Rocha (regulação), Leonardo Lins (engenharia) e Marcio de Abreu (Operações). A diretoria terá como sede a Eletrobrás, no Rio de Janeiro.
Decat assume em lugar de Joaquim Brito, que passou cinco anos na presidência da Ceal. No último discurso como presidente, Brito fez questão de ressaltar que agora as empresas de distribuição terão vez na Eletrobrás. "As distribuidoras sempre foram vistas como organismos de qualidade inferior. Agora será diferente". O ex-presidente acredita que a decisão de unificar a direção foi acertada e já deveria ter acontecido.
Brito foi enfático ao falar sobre alguns pontos positivos da sua gestão. "Implantamos o planejamento estratégico, construímos e automatizamos subestações, fomos reconhecidos pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) como uma das dez melhores empresas do Brasil, valorizamos o colaborador". Joaquim Brito afirmou que a Ceal tem um quadro de funcionários da mais alta qualidade e pediu que Decat mantivesse o bom diálogo com o sindicato da categoria.
Flávio Decat estreou prometendo o sucesso para a Ceal. "A situação é grave e precisamos fazer das federalizadas um bom negócio", disse o diretor de distribuição. Segundo ele, as distribuidoras sempre foram vistas como prejuízos, que não dão lucro e a partir de agora a coisa vai ser diferente.
Decat, que se diz um homem justo e correto, pediu a ajuda de todos os funcionários para mudar os rumos da Ceal. "Se sintam funcionários da Eletrobrás". Ele disse ainda, que a hora de é de investir para ajustar a empresa dentro do que exige a Aneel. "Vamos mapear processos pensando na revisão tarifária de 2009", ressaltou.
"Ainda esse ano vamos apresentar resultados". Decat foi severo em dizer que é preciso reduzir a inadimplência, que hoje beira os R$ 200 milhões e o roubo de energia. Ele citou como exemplo, o caso da Cemig (Companhia de Energia de Minas Gerais), que saiu de um prejuízo de R$ 1,2 milhão para um lucro de R$ 2 milhões, quatro anos depois de ele ter assumido a empresa.
CORTESIA – Agora à tarde, às 16h, Flávio Decat faz uma visita de cortesia ao governador Teotônio Vilela Filho. Mas deve falar na dívida da Casal com a Ceal que chega a cinco milhões por mês. No primeiro discurso de Decat, ele citou a companhia de água de Alagoas, como um dos principais devedores de energia.
